Coisas legais acontecem o tempo todo em nosso mundo. Por que cultivar assuntos tristes, pessimistas e violentos, se há tanta coisa interessante ao nosso redor? Por que não ter acesso a informações legais, iniciativas bacanas, notícias que mostram ações construtivas?

Este espaço busca reverter o "efeito noticiário" (aquela depressão que dá ao final de um telejornal, após lermos as manchetes na internet, ou após lermos um jornal qualquer). Aqui podem ser encontrados assuntos diversos que versam sobre temas
alegres, construtivos, leves, bons e divertidos.


Você tem alguma coisa legal para compartilhar? É só enviar o conteúdo para omundoelegal@gmail.com. Todos estão convidados a participar e ajudar a reverter o "efeito noticiário".

Você vai ver como o mundo é muito legal!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Compositor de jazz recebe homenagem no C'est si bon


Para quem puder, ouvir um pouco de jazz ao vivo no início da semana será muito legal!

Na noite desta terça-feira, o brasiliense que quiser apreciar um bom jazz já tem para onde ir. Pelo projeto Terça da Boa Música, o duo Marabeau Jazz, formado pela cantora Marabeau e pelo pianista Serge Frasunkiewicz, presta tributo a Henry Mancini, consagrado compositor, pianista e arranjador norte-americano. A apresentação acontece no C’est si bon Crêperie & Bistrô (213 Norte), a partir das 20h30. Será cobrado couvert artístico de R$ 8.

Considerado um dos grandes compositores de trilhas sonoras para cinema e televisão, ganhador de inúmeros prêmios do Grammy, são dele canções como Moon River - tema do filme Bonequinha de Luxo - e trilhas de clássicos como A Pantera Cor-de-Rosa e Charada.

Nesta homenagem, as canções de Henry Mancini ganham interpretação especial na rara voz de Marabeau. Ela promete um repertório recheado de clássicos, com arranjos e interpretações inspirados nas grandes vozes do jazz, como Billie Holiday, Sarah Vaughn, Ella Fitzgerald.

No palco, ao seu lado, o pianista Serge Frasunkiewicz. Especializado em jazz, o músico toca com Marabeau há mais de três anos e já trabalhou em importantes companhias nacionais e internacionais de dança, como o Grupo Corto, Hubbard Street Dance de Chicago, o Churchill Jazz Band. Em 2006, viajou para a Europa e se apresentou em famosos clubes de jazz de Paris, como Bilboquet, Le Sept Lizards Jazz Club, La Fontaine e Tennesse.
Correioweb.com.br – Divirta-se

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Poste de Iluminação Pública 100% Alimentado por energia Eólica e Solar

Que boa idéia teve esse inventor. Utilizar energias totalmente limpas, como a eólica e a solar é muito legal! São fontes de energia ainda pouco utilizadas em nosso país, mas que possuem um enorme potencial.

Não tem mais volta. As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.

O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste.

Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. "Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo", esclarece.

Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás.

Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um "avião" – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.

À prova de apagãoPor meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: "As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar".

O inventor explica que a ideia nasceu em 2001, durante o apagão. Naquela época, suas pesquisas mostraram que era possível oferecer alternativas ao caos energético. Ele conta que a caminhada foi difícil, em função da falta de incentivo – o trabalho foi desenvolvido com recursos próprios. Além disso, teve que superar o pessimismo de quem não acreditava que fosse possível desenvolver o invento. "Algumas pessoas acham que só copiamos e adaptamos descobertas de outros. Nossa tecnologia, no entanto, prova que esse pensamento está errado. Somos, sim, capazes de planejar, executar e levar ao mercado um produto feito 100% no Ceará. Precisamos, na verdade, é de pessoas que acreditem em nosso potencial", diz.

Mas esse não parece ser um problema para o inventor. Ele até arranjou um padrinho forte, que apostou na ideia: o governo do estado. O projeto, gestado durante sete anos, pode ser visto no Palácio Iracema, onde passa por testes. De acordo com Ximenes, nos próximos meses deve haver um entendimento entre as partes. Sua intenção é colocar a descoberta em praças, avenidas e rodovias.

O empresário garante que só há benefícios econômicos para o (possível) investidor. Mesmo não divulgando o valor necessário à instalação do equipamento, Ximenes afirma que a economia é de cerca de R$ 21.000 por quilômetro/mês, considerando-se a fatura cheia da energia elétrica. Além disso, o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento. A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. "Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%", garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. "Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental", finaliza Fernandes Ximenes.

Formadoresdeopinião.com.br
Por GEVAN OLIVEIRA

Portadores de síndrome de down ingressam no mercado de trabalho.


Devemos sempre incentivar a inclusão de todas as pessoas na nossa sociedade, independetemente da situação em que se encontram. Pessoas que nascem com Síndrome de Down trabalham perfeitamente, é só dar um voto de confiança.

De acordo com o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que entre a população total de brasileiros haja cerca de 300 mil pessoas que nasceram com síndrome de Down. Com isso, também aumenta a necessidade futura de incluí-los no mercado de trabalho. Desde 1991 existe a Lei das Cotas, que obriga que as empresas privadas que tenham um quadro de funcionários superior a 100 pessoas preencham de 2% a 5% dos seus cargos com pessoas com deficiência, incluindo os portadores de síndrome de Down.

Ellen Karine Viana Pires (foto acima), de 29 anos, trabalha na creche Cruz de Malta desde 2000. Portadora da síndrome de Down, ela trabalha das 14h às 18h, de segunda à sexta-feira, e desempenha atividades como levar lanche para as crianças e para os funcionários. Além disso, Ellen ajuda os professores a observar as crianças. “Eu adoro a creche, os pequenos e os funcionários. Fico feliz porque ganho meu dinheirinho para ir a festas e comprar meu lanche”, conta sorridente. Criada pela avó, Ellen revela que, desde que começou a trabalhar, fez muitos amigos. “Desde o início apoiei a Ellen. Achei que seria importante para ela se socializar, conhecer pessoas e se sentir útil”, explica Maria Celeste Viana, avó de Ellen. Ela também conta que já surgiu uma oportunidade para a neta trabalhar em um hotel, mas não conseguiu ser contratada por não ser alfabetizada.

Segundo a coordenadora da creche, Márcia Batista Bandeira, a iniciativa de incluir portadores de síndrome de Down na empresa partiu do embaixador da Cruz de Malta há dez anos. “Aqui na creche, a Ellen Karine é muito querida e leva o trabalho muito a sério. Além dela, há um rapaz com síndrome de Down. Nós fazemos questão de que eles participem das reuniões com os professores e os funcionários em geral”, explica Márcia, que coordena a creche há cinco meses. Márcia conta, ainda, que se esforça para que os funcionários se ajudem mutuamente e, dessa forma, incluam os dois funcionários especiais. “Eles adoram se sentir úteis e sempre fazemos com que eles se sintam parte importante da empresa”, diz.

A ex-presidente da Federação Brasileira das Associações da Síndrome de Down, Maria Madalena Nobre, trabalha hoje na Associação DF Down e desenvolve projetos de inclusão dos jovens e adultos com síndrome no mercado de trabalho. Mãe de Flávio Nobre, de 23 anos, Maria Madalena pretende levantar uma grande pesquisa em todo o Distrito Federal a fim de saber quantos jovens adultos com a síndrome já estão trabalhando. “Meu objetivo é chamar a atenção para melhorar a inclusão dessas pessoas na escola e, posteriormente, capacitá-las para o mercado de trabalho. Minha luta começou a partir do meu filho e sinto que hoje, na fase adulta, ele precisa de estímulo para ter uma vida melhor”, conta Maria Madalena, que desenvolve na associação oficinas de pintura e teatro. A associação também busca, mesmo que timidamente, se comunicar com empresas que têm interesse de contratar portadores de síndrome de down. Ela também explica que, apesar dos avanços no sentido de inclusão social, ainda existe preconceito.

Correioweb - Admite-se
16/05/2010 10:53

domingo, 16 de maio de 2010

Começam dia 17/05 as inscrições para o concurso Leio e Escrevo meu Futuro


São legais iniciativas que estimulam crianças e adolescentes a refletirem sobre suas cidades.

O momento já é de cultivar as ideias e arriscar as primeiras palavras. Afinal, com o edital do concurso de produção textual do Leio e Escrevo meu Futuro (1) em mãos, a ordem para os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental é não perder tempo e se preparar nos próximos quatro meses até a realização da prova. Assim, agora é hora de iniciar os treinos, aprofundando a leitura e afinando o texto.

As inscrições são gratuitas e estão abertas até 13 de agosto. O concurso, realizado pelo Instituto Quadrix, terá como tema Repensar Brasília: como será a cidade daqui a 50 anos?. Entre as novidades, está a variedade de gêneros textuais que poderão ser trabalhados, como a carta pessoal, a carta do leitor e o artigo de opinião, tipologia escolhida em consonância com as orientações curriculares da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

Haverá 13 categorias de vencedores — entre as novas, está a de melhor escola. Simulados do concurso, postagens no hotsite do projeto, seminários e oficinas que ocorrerem durante o ano também somarão pontos para a conquista de prêmios.

Nessa edição, mil alunos ganharão bolsas de estudos, netbooks, viagens e celulares. Cíntia Reis Lopes, 13 anos, aluna do 7º ano, já pensa em ganhar um deles e ser destaque na escola. “Eu gostaria de ganhar porque, além de todo mundo perguntar a sensação, eu sei que uma vitória dessas abre várias oportunidades para o futuro”, diz a estudante do Centro de Ensino Fundamental 11 de Ceilândia.

Adesão
A escola teve sete vencedores na seleção de 2009, e a diretora Rosinei Maria Baptista de Oliveira já “contabiliza” os próximos ganhadores. “No ano passado, eu inscrevi todo mundo porque tem aluno que, por timidez, fica de fora. Se não tivesse sido assim, não teríamos esses ganhadores”, explica.

Expectativas como a de Cíntia e de Rosinei em relação ao concurso deste ano refletem o sucesso do projeto nas escolas. No ano passado, 199 participaram; em 2010, esse número subiu para 209. “As outras escolas que não são o público do projeto pedem para participar também”, conta Luciano Barbosa Ferreira, gerente de ensino fundamental da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

“Estamos felizes porque estamos fortalecendo o futuro desses jovens, transformando-os em consumidores críticos de informação e do mundo que os cercam”, complementa Karla Senna, superintendente de Circulação do Correio.

Fique atento
» Inscrições: de 17 de maio a 13 de agosto, pelo diretor ou responsável da unidade de ensino, nos sites www.leioeescrevomeufuturo.com.br e www.quadrix.org.br

» Realização do concurso: 16 de setembro
» Divulgação dos resultados: 8 de novembro
» Premiação dos classificados: 26 de novembro

Tabela de prêmios
Alunos
1º lugar: bolsa de idiomas de dois anos, Playstation III, Netbook 10”
2º lugar: bolsa de idiomas de dois anos com material didático, Nintendo Wii
3º lugar: bolsa de idiomas de um ano, Xbox 360
4º lugar: bolsa de idiomas de um ano com material didático, PSP PlayStation Portátil
5º lugar: bolsa de idiomas de um ano e celular desbloqueado
6º ao 20º lugares: MP6
21º ao 50º: TV 7”
51º ao 100º: iPod Shuffle
101º a 180º: DVD Player
181º ao 200º: Luneta
201º ao 225º: Binóculos

Professores
1º lugar: viagem internacional de sete dias
2º lugar: viagem nacional de sete dias
3º lugar: viagem nacional de quatro dias

Coordenador local ou supervisor pedagógico
1º lugar: voucher premium em tratamentos zen e spa
2º lugar: filmadora
3º ao 8º lugares: netbook 10”

Diretor
1º lugar: filmadora
2º lugar: blu-ray player
3º ao 6º lugar: home theater

Coordenador intermediário
1º lugar: viagem nacional de quatro dias
2º lugar: filmadora
3º lugar: netbook 10”

Diretor de regional
1º lugar: filmadora
2º lugar: home theater

Melhor escola
1º lugar: 10 bolsas de estudos em cursos anuais de matemática e 25 computadores de mesa

Correiobraziliense.com.br
Publicação:
16/05/2010 08:44

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A mágica que Honorita faz


Muito legal essa iniciativa da Dona Honorita. É muito legal levar um pouco de cultura a pessoas que normalmente não tem acesso.

Ela é um cineclube de uma pessoa só: faz sessões de cinema em escolas, creches, asilos e depois debate com a plateia sobre o que foi assistido.

Honorita Barbosa sempre gostou de ler. Quando pequena, lia tudo que via pela frente. A menina nascida em Biquinhas, interior de Minas Gerais, buscava nas palavras a diversão, o prazer e a cultura que infelizmente a cidade não podia proporcionar. Aos 18 anos, Honorita decidiu conhecer a nova capital. Ao chegar a Brasília, a cidade borbulhava. Era a década de 1960 quando Honorita teve uma das experiências mais marcantes de toda a vida: conheceu um cinema pela primeira vez. As imagens em uma tela gigante pareciam fantasia. O sonho emitido pela projeção fez nascer naquele momento uma paixão pelo cinema que superou o amor às palavras.

Honorita, hoje com 60 anos, chefia o Núcleo de Cultura da Administração de Ceilândia e criou em março de 2009 o projeto Cinema vai à escola, em parceria com a Mostra de Cinema Brasil Candango, presidida por Atanagildo Brandolt. O projeto proporciona para as escolas públicas, asilos, creches e entidades sociais, a oportunidade de ver filmes nesses diversos locais. “Crio um ambiente que se assemelha a um cinema normal. A tela é grande e sala fica escura para que todos possam saber como é um cinema de verdade, já que muitos deles nunca foram a um cinema.” As sessões são feitas da seguinte forma: a direção da entidade liga para a coordenadora do projeto, ela vai até a escola e apresenta um catálogo com centenas de opções. O diretor escolhe e ela vai atrás da obra para a exibição. “O filme que a entidade quiser eu vou atrás, procuro, alugo, peço emprestado ou faço o que for preciso para conseguir. O importante é apresentar a obra para a escola.”

Para as crianças, filmes infantis com temáticas que exploram a ética são os favoritos. “Fazem a criançada pensar”, observa Honorita. Na noite da última terça-feira, a Escola Classe 53, da Expansão do Setor O, exibiu pela primeira vez um filme do projeto. O longa escolhido foi À procura da felicidade, de Gabriele Muccino. De acordo com a vice-diretora da escola, Michelline Araújo, o filme aumenta a autoestima dos jovens. “Os alunos da parte da noite são adultos que geralmente já têm filhos, lutam bastante e muitos acham que a vida não tem mais sentido. Apresentar uma obra dessa para eles, com um ensinamento que ajuda a ir em busca dos sonhos, faz muito bem para eles.” Os filmes podem ser escolhidos por temas como educação, saúde, ética, documentários, infantis, entre outros.

Nos asilos, os filmes exibidos geralmente são as obras de Mazzaropi, que, segundo Honorita, fazem os idosos sorrirem o tempo todo. No aniversário de um ano do projeto, foram contabilizadas 87 sessões, sendo que foram exibidos 65 filmes para mais de 13 mil pessoas. “Desde a estreia do projeto tive muitos momentos emocionantes, mas o que mais me marcou foi em uma sessão que duas crianças ficaram paradas, olhando para a tela, sem acreditar no que viam. Ao final do filme, as crianças se aproximaram e tentaram tocar a imagem. Como não conseguiram, elas ficaram se perguntando de onde saíam as imagens. Uma delas disse: ‘Não seja boba, a parede é mágica’. Aquilo me fez lembrar da primeira vez que fui ao cinema. É realmente mágico.”

Correiobraziliense.com.br
Gabriela de Almeida
Publicação: 13/05/2010 07:00

Africanos buscam tecnologia nas técnicas da agricultura brasiliense


É muito legal ver nossa tecnologia agrícola sendo exportada para outros países, especialmente os da África, que mais precisam de ajuda.

Ministros e técnicos da Agricultura e pastas afins de 53 países africanos conheceram ontem o jeito brasileiro de cuidar do campo. Eles visitaram a AgroBrasília, feira de negócios organizada por produtores rurais e pelo Governo do Distrito Federal, e considerada a mais importante do Centro-Oeste. Representantes de Costa do Marfim, Argélia, Burkina Fasso, Sudão, Sri Lanka, Moçambique, Senegal, Nigéria e de outros países têm interesse nas técnicas desenvolvidas para plantio no cerrado, que é um tipo de savana, o bioma predominante na África. Os líderes e técnicos percorreram todos os estandes do evento, mas deram atenção especial aos da agricultura familiar, em sua maioria com tecnologia e inovações desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A maioria dos países africanos trabalha com agricultura extensiva, caracterizada pelo uso de técnicas rudimentares na produção. As propriedades são pequenas, e o cultivo é quase todo para a subsistência. O continente tem dificuldades em expandir o volume produzido e em garantir a segurança alimentar da população. Além do uso de técnicas antigas de plantio e de trato do solo, outro obstáculo são as dificuldades de irrigação em regiões que, como o cerrado brasileiro, enfrentam muitos meses de seca seguidos de longos períodos de chuva.

“A força de trabalho e as máquinas não são desenvolvidas, e somos muito dependentes das chuvas. Os rendimentos da agricultura são baixos. A produção é principalmente para o mercado interno e para a subsistência”, relatou Laurent Sédogo, ministro da Agricultura de Burkina Fasso, país da África Ocidental de colonização francesa.

Sédogo disse que a maioria das propriedades rurais de seu país é pequena, ocupando áreas de três a cinco hectares. Nesses locais, predominam a horticultura e a fruticultura. Alguns poucos produtores maiores ocupam terras de, em média, 25 hectares, e se dedicam majoritariamente ao plantio de algodão, a principal cultura comercial do país. O ministro admite que esses produtores recebem mais incentivo do governo, e diz que é preciso fazer o cultivo de alimentos crescer. Segundo ele, a delegação tem grande interesse no conhecimento técnico do Brasil e na troca de experiências. Como contrapartida, os africanos podem oferecer aos brasileiros mecanismos eficientes para recuperação de solo seco.

“Ficamos muito animados com as máquinas pequenas, desenvolvidas especialmente para a agricultura familiar. A articulação entre as entidades e cooperativas que observamos, os convênios para vender produtos da agricultura familiar para as cantinas escolares, nos servem de pista sobre o caminho tomar. A irrigação também nos interessa, porque temos que armazenar a água da chuva em barragens e isso é muito difícil”, acrescentou o ministro.

Internacionalização
O secretário de Agricultura do DF, Wilmar Luís da Silva, que acompanhou a visita dos africanos à AgroBrasília, convidou as delegações a manterem contato permanente com a feira. “É um projeto nosso a médio prazo de internacionalizar o evento. Para eles isso pode ser proveitoso, porque as tecnologias daqui são reaplicáveis lá. Já tive a oportunidade de visitar o Senegal e Moçambique e ver que esses países criam gado europeu em clima quente. Disse aos visitantes que isso está errado”, afirmou.

De acordo com Silva, além da África, a Alemanha pode estar presente na edição de 2011 da AgroBrasília. “O embaixador Wilfried Grolig esteve na feira e se propôs a trazer réplicas das feiras de Nuremberg e de Hannover.”

A AgroBrasília está em sua terceira edição e vai até amanhã no Parque Tecnológico Henrique Cenci, no Km 5 da BR-251, região do Programa de Assentamento Dirigido do DF (PAD-DF). A entrada para o evento é franca. Os visitantes têm acessos a estandes de empresas, do governo e de produtores. Ao todo, são 290 expositores que mostram as novidades em matéria de máquinas agrícolas, genética, sementes e técnicas de produção. Para quem vai fechar negócios e deseja financiamento, unidades do Banco do Brasil (BB) e do Banco de Brasília (BRB) estão à disposição.

A estimativa dos organizadores é de que, este ano, o evento movimente R$ 100 milhões, contra os R$ 80 milhões em 2009. Coordenador desta edição da AgroBrasília e integrante da Cooperativa de Produtores do PAD-DF (Coopa-DF), Ronaldo Triacca diz que ainda não foi feito balanço do volume de recursos movimentado nos três primeiros dias da feira, que começou na terça. “Só vamos fazer o cálculo após o encerramento”, declarou. Ele afirma, entretanto, que a expectativa é de que a meta será atingida.

Correiobraziliense.com.br
Mariana Branco
Publicação: 14/05/2010 08:45

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ex-meninos em situação de rua formam talentos na Bahia


Histórias como estas mostram como é real e possível reverter quadros de extrema exclusão e vulnerabilidade. Muito bom!!

No bairro de Saramandaia, periferia de Salvador (BA), cinco ex-meninos de rua resolveram agarrar a oportunidade oferecida por um projeto social e mudar de vida. Hoje, três deles administram o Grupo Cultural Arte Consciente, que ganhou o Prêmio ODM Brasil por sua contribuição aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 1 (erradicar a extrema pobreza e a fome) e 2 (atingir o ensino básico universal). Mas foi preciso muito esforço até o reconhecimento.

Na adolescência, Antônio Marcos Gomes dos Santos, Fábio Santos de Jesus e Alex Sandro Pereira Lima passavam o dia na rodoviária da capital baiana vendendo jornais. Uma pequena parte do dinheiro arrecadado ficava com eles, e era utilizada para ajudar a família dos meninos, enquanto o restante servia para pagar um senhor que fornecia os diários. No entanto, como a venda da publicação no local era proibida, era comum os três serem levados por seguranças até o Juizado de Menores.

"Aí nós precisávamos carregar bagagens e engraxar sapatos para arranjar o dinheiro para pagar o homem que vendia os jornais", conta Marcos. Cansados dessa situação, os meninos agarraram uma oportunidade e começaram a participar de oficinas oferecidas pelo Projeto Axé. Lá, conheceram Josevaldo Cardoso de Jesus, o Tito, e Julivaldo Santiago.

A iniciativa deu a chance de os cinco conhecerem áreas que seguiriam no futuro: Marcos se interessou pelas artes circenses; Fábio, por boxe; Alex, pela percussão; Josevaldo, pelo grafite; e Julivaldo, pela dança. Inspirados no Projeto Axé, os ex-menores decidiram, então, fundar o Grupo Cultural Arte Consciente, para atender às crianças e adolescentes do bairro de Saramandaia e afastá-los do crime e das drogas.

Na época, o principal problema enfrentado pela comunidade eram as brigas de grupos rivais que moravam em ruas vizinhas. "Uma criança de um lado não podia descer pelo outro, e o nível de violência era muito alto", conta Marcos. Para mudar isso, o grupo promoveu várias caminhadas pela paz e, ao atender meninos de áreas distintas, ajudou a reduzir os conflitos.

Atividades
No início, os cinco ofereciam aulas de circo, boxe, percussão, grafite e dança nas ruas de Saramandaia. Porém, a falta de incentivos acabou fazendo com que Tito e Julivaldo deixassem o grupo. Os outros três deram continuidade ao projeto, que atualmente tem capacidade para atender 150 crianças – 50 na oficina de artes circenses, 50 nas atividades de boxe e outras 50 na de percussão.

Para participar das atividades, os menores precisam estar matriculados em escola, frequentar as aulas e ter boas notas. "Nós fazemos o acompanhamento duas vezes por semana. Qualquer queixa, chamamos a criança, que pode ser afastada caso tenha mau comportamento", explica Marcos. Mas isso quase não acontece, já que aprender uma arte nova dá a oportunidade de os meninos e meninas ganharem seu próprio dinheiro com apresentações por Salvador.

E não são só crianças e adolescentes que a iniciativa atrai. "Tem um senhor de 75 anos, o Felipe, que faz boxe, e um ex-detento de 29 anos que canta", acrescenta. Há um caso de sucesso que Marcos faz questão de contar: o de Juarez dos Reis Sousa, ex-viciado em crack e que seguiu carreira profissional no boxe.

Apesar das conquistas, as dificuldades são muitas. "Não temos funcionários, e estamos batalhando há sete anos para concluir a construção de nossa sede", diz Marcos. Para arrecadar dinheiro, os coordenadores do grupo fizeram um acordo com uma empresa que oferece a turistas estrangeiros a oportunidade de conhecer iniciativas em áreas pobres do Brasil, a exemplo do que acontece na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Segundo o trato, o grupo recebe um percentual do valor pago pelos turistas para conhecer o projeto. Além disso, contam com a solidariedade dos visitantes. "Eles deixam sempre R$ 100, R$ 200", explica Marcos. O dinheiro é investido nas obras para construir a sede, que já está em seu terceiro andar.

Fôlego
Nenhuma dificuldade desanima os ex-menores de rua. "Nós sabemos da importância de formar multiplicadores, que nem aconteceu conosco, então queremos passar isso à frente, porque dá resultado", afirma Marcos. Ganhar o prêmio ODM Brasil, concorrendo com mais de 1.400 projetos, ajudou a renovar o fôlego dos coordenadores do Grupo Cultural Arte Consciente.

"Ficamos sem palavras. Estou no maior chamego com o troféu", brinca Marcos, que ressalta que a vitória foi fruto de uma longa caminhada. "Agora, quando falamos que ganhamos o prêmio, sentimos que somos mais respeitados", opina o coordenador, que aproveita para deixar um recado: "Tudo é possível, basta se esforçar para mudar de vida. As oportunidades estão aí".

Além de concluir a sede, outra meta dos ex-meninos de rua no curto prazo é organizar um bloco para sair no Carnaval de Salvador, com as alas "circo", "boxe" e "percussão", para divulgar ainda mais o trabalho. "E queremos também voltar a oferecer aulas de dança e grafite", conclui.

DANIELLE BRANT
da PrimaPagina

Médicos tentam zerar fila para transplante de córnea, de 23 mil hoje

É muito legal essa iniciativa para atender todas as pessoas que precisam de transplante de córneas, além de servir como incentivo às pessoas se tornarem doadoras.

Um brasileiro espera três anos, em média, por um transplante de córnea. Ao menos 22.700 pessoas aguardam hoje nessa fila, segundo dados do primeiro semestre de 2009.

Agora, o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), em parceria com a câmara técnica do Conselho Federal de Medicina, concluiu documento em que estipula a meta de zerar em oito meses a fila do transplante, informa a reportagem de Fernanda Bassette, publicada nesta quinta-feira pela Folha .

Para alcançar a meta, os conselhos dependem do aval do Sistema Nacional de Transplantes, vinculado ao Ministério da Saúde, e da liberação de R$ 2,3 milhões. A verba seria usada na criação de bancos de olhos e na capacitação.

"A nossa ideia é aumentar em 30% o total de cirurgias, em até quatro meses. Depois disso, zerar a fila até o final do ano. É um desafio que queremos colocar em prática o mais rápido possível", diz Paulo Augusto de Arruda Melo, presidente do CBO.

Para chegar a esses números, o CBO fez um raio-X da situação do Brasil e identificou os principais gargalos. O maior é armazenar as córneas para dar tempo de fazer a cirurgia. Outro gargalo é a falta de bancos de olhos no país: até o meio do ano passado, o Brasil possuía 30 bancos -sete deles no Estado de São Paulo.

Folha.com.br
da Reportagem Local

Acesso a tecnologia está ligado à felicidade, diz estudo


É, pelas reportagens que têm surgido, parece que o acesso à tecnologia faz bem à saúde, nos faz viver mais e aumenta nossa felicidade. Imagino as pesquisas que vêm por aí! Tecnologia aplicada a coisas boas para nossa vida é muito legal.

Uma pesquisa britânica alega que há ligações entre o acesso à tecnologia e a sensação de bem-estar.

O instituto britânico de estudos sobre tecnologia BCS analisou resultados de uma pesquisa que envolveu 35 mil pessoas em todo o mundo e descobriu que o acesso a dispositivos de comunicação é o que mais produz respostas positivas.

O estudo também descobriu que mulheres em países em desenvolvimento e pessoas de baixa renda ou com baixo nível educacional de ambos os sexos são as que demonstram sensações mais positivas com o acesso à tecnologia.

De acordo com Paul Flatters, da Trajectory Partnership que conduziu a pesquisa em nome da BCS, isto ocorre, em parte, pelo fato de que mulheres tendem a ter um papel mais central na família e outras redes sociais e seriam as mais beneficiadas.

"Nossa hipótese é que mulheres em países em desenvolvimento se beneficiam mais, pois nestas sociedades elas são mais limitadas socialmente", acrescentou Flatters.

De acordo com o pesquisador, a próxima fase da pesquisa vai se concentrar em testar esta hipótese.

Todas as idades
A pesquisa também descobriu que esta relação entre acesso à tecnologia e bem-estar não parece aumentar com a idade, apesar dos esforços de vários países para colocar as faixas etárias mais avançadas online.

"Não importa se você é jovem ou mais velho, somos todos seres sociais, todos temos a necessidade de coisas que o acesso à tecnologia facilita", disse Flatters.

As descobertas do grupo de pesquisas britânico contradiz a opinião de psicólogos como Yair Amichai-Hamburger, diretor do Centro de Pesquisas para Psicologia na Internet na Escola de Comunicações Sammy Ofer, de Israel.

Em um editorial publicado em 2009 na revista especializada New Scientist, Armichai-Hamburger afirmou que a tecnologia tinha um impacto negativo no bem-estar das pessoas ao deixar confuso o limite entre tempo profissional e tempo pessoal.

Paul Flatters admite que os resultados do estudo do BCS vão "um pouco contra a intuição".
"Muitas das coisas escritas sobre tecnologia são negativas", disse. "Mas estamos confusos pelo fato de as pessoas serem ligadas aos seus (objetos) de tecnologia", acrescentou.

Em muitas culturas, o fato de alguém possuir um objeto de tecnologia é um símbolo de boa posição social, de acordo com Kathi Kitner, pesquisadora da Intel.

Possuir um computador é considerado um sinônimo de boa educação no mundo todo. No entanto, a classe média emergente de um país como a Índia, por exemplo, também acredita que este é um sinal de prosperidade, segundo Kitner.

"Não foi documentado se a prosperidade em termos financeiros realmente se materializa, mas é muito real em termos de percepção", afirmou.

Folha.com.br
da BBC Brasil

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Voz de mãe ao telefone conforta tanto quanto abraço, diz pesquisa


Está carente? Ligue para sua mãe! Veja como isso é legal.

Um estudo de pesquisadores americanos sugeriu que ouvir a voz da mãe ao telefone conforta tanto quanto receber um abraço.

Os cientistas submeteram 60 meninas entre sete e 12 anos de idade a situações de estresse e monitoraram as respostas hormonais delas à voz materna, um toque carinhoso e um filme.

Em um artigo na revista científica "Proceedings of the Royal Society B", os pesquisadores afirmam que os dois primeiros gestos proporcionam o mesmo nível de conforto - medido pelos níveis do "relaxante natural" oxitocina.

"Assumia-se que a liberação de oxitocina em um contexto social requeria contato físico", disse a coordenadora do estudo, Leslie Seltzer, da Universidade de Wisconsin-Madison.

"Mas esses resultados deixam claro que a voz de uma mãe pode ter o mesmo efeito de um abraço, ainda que elas não estejam fisicamente presentes."

Vencendo a distância
As conclusões indicam que mães que precisam sair para trabalhar e deixar as crianças na creche podem tranqüilizá-las com uma simples ligação telefônica.

Pesquisas anteriores feitas com roedores se concentravam na liberação de oxitocina em situações de tensão através do contato físico.

A substância é uma espécie de "sedativo natural" associado à empatia e capaz de aliviar os efeitos do cortisol, o chamado "hormônio do estresse".

Na pesquisa, as meninas tiveram de falar e resolver questões de aritmética em público inesperadamente, o que fez acelerar os seus batimentos cardíacos e elevar os níveis de cortisol.

Após a experiência, elas foram divididas em três grupos: o primeiro recebeu uma ligação telefônica materna logo após a situação de estresse; o segundo, recebeu um toque carinhoso, como um abraço; o terceiro foi levado para assistir ao filme "A marcha dos pingüins", considerado "emocionalmente neutro". Segundo os cientistas, os níveis de oxitocina subiram nos dois primeiros grupos em praticamente igual medida. Não houve aumento no nível desse hormônio no terceiro grupo.

Folha.com.br
da BBC Brasil

Artista plástica sobrevive à grave doença e usa o coração como recomeço

Dar a volta por cima e recomeçar frente a situações adversas é muito legal, especialmente quando se compartilha as lições aprendidas com os outros, em forma de arte. Todos os males vêm para o bem!

Artista plástica que enfrentou uma grave e rara doença e depois disso teve a vida completamente modificada faz exposição e usa o principal órgão humano como símbolo de sua volta por cima.


Quem chega ali leva um susto. O que é aquilo? Que tantos corações pendurados são aqueles? Corações feitos usando várias técnicas: costuras. bordados, crochês. De todos os tamanhos, todas as formas. O que significa aquilo tudo? Estar ali, de cara, causa um certo estranhamento. Mas é bom que se entre. E a pergunta se faz inevitável: quem pariu aqueles corações? Sim, alguém lhes deu vida, mesmo que feitos de pano.

Na manhã de ontem, a “mãe” daqueles corações estava ali, segurando suas duas bengalas. Suas pernas emprestadas. O equilíbrio que lhe foi roubado. E ela ria, como se ri da vida e pelo fato de estar vivo. O encontro não poderia ser mais providencial. Suyan de Mattos, carioca em Brasília desde os 9 anos, é uma sobrevivente. Aos 48, descobriu que a melhor coisa é ainda existir.

Há um ano, ela morreu. E morreu sem saber que estava morrendo. Era pra ser um carnaval daqueles, em Pipa, litoral do Rio Grande Norte. Uma dor de cabeça a consumiu de tal forma que ela não conseguia mais nem pensar. Hospedada em casa de amigos médicos, eles primeiro lhe deram analgésicos. Nada. A dor só aumentava. Desconfiaram, então, de meningite. Quiseram interná-la num hospital de Natal. Ela resistiu. Teve medo. Preferiu voltar para Brasília, onde mora a família.


Do aeroporto de Brasília foi direto para um hospital particular se internar. “Fui atendida por uma médica boliviana, que me diagnosticou com sinusite e me deu remédios para aliviar a dor de cabeça. Só que a dor não passava, só piorava”, ela conta. Desesperada, Suyan resolveu deixar o hospital. “A médica fez minha mãe assinar um papel dizendo que eu estava saindo sem autorização dela. Minha mãe assinou.”

Suyan foi, então, para outro hospital, no fim da Asa Sul. “Lá, uma médica me deu um remédio na veia. A dor passou na hora. E me liberou para ir para casa.” Às 7h da manhã, porém, a dor voltou com maior intensidade. Suyan voltou para o primeiro hospital onde fora atendida assim que chegou de Natal.

“Fiquei três dias internada num ambulatório e só depois me levaram para a UTI”, lembra. E ali entrou em coma. “Um médico disse pra eu ir me preparando, porque o caso era muito grave. Eu vi o pior”, conta a advogada Adir Sant’Anna, de 71, mãe de Suyan. Um outro, tempos depois, disse: “Se viver, ela ficará com demência pro resto da vida”.

E finalmente um laudo conclusivo: a artista plástica estava com encefalomielite — uma doença autoimune, rara (ocorre em uma a cada um milhão de pessoas), que os médicos ainda não sabem se foi causada por vírus ou bactérias. O fato é que Suyan saiu daquele hospital paraplégica e surda. E com um pedaço de vida que insistia em recomeçar.

Era um duro golpe para a mulher que vivia intensamente. Formada em história pelo UniCeub, e em artes pela Universidade de Brasília, as horas não cabiam no único dia de Suyan. Depois de formada, prestou concurso para a Secretaria de Educação. Virou arte-educadora. “Mas eu vivia em crise comigo mesma. Foram cinco anos assim. Não sabia se era professora ou artista”, diz.

Partidas
Ela decidiu, então, que faria um mestrado em artes, fora do país. E partiu para a Universidade Nacional Autônoma do México. “Era pra viver dois anos ali. Fiquei cinco.” Do mestrado, ela seguiu para o doutorado em história da arte. Voltou para o Brasil. E virou professora provisória da UnB, da Secretaria de Educação e da Faculdade Dulcina. “Ela dava aula das sete da manhã às 11 horas da noite. Não parava”, conta a mãe.

Com as aulas, a artista plástica ainda participava de exposições coletivas e individuais pelo país e fora daqui. Mas a inquietação lhe era constante. “Todo artista é um voador”, confessa. E mais uma vez ela partiu. Foi para a Argentina. Em Buenos Aires fez o pós-doutorado, em artes, com bolsa do CNPq. Um ano e meio na terra de Evita. “Os argentinos, pelo menos os que conheci, são frios, eles não abraçam, não chegam perto. Senti solidão naquele lugar.”

Suyan retornou a Brasília. E foi dar aula no Iesb, na Unieuro, no UniCeub e na Foplac. Mais uma vez, a vida vira uma loucura. E mais exposições. No ano passado, no auge da sua produtividade, naquele carnaval que seria inesquecível, a vida mudaria para sempre. Sem andar, sem escutar nada, as limitações lhe causaram dependência diária. Ela se mudou da casa com jardim bonito onde morava sozinha, num condomínio do Lago Sul, para junto da mãe, no Guará I. E conta com a ajuda do pai, separado da mãe, e de dois irmãos mais novos.

Passou a viver numa cadeira de rodas. Chorou quando teve vontade. E quis recomeçar, quando se sentiu capaz para isso. Foi para o Hospital Sarah do Aparelho Locomotor. “Lá, eu aprendi a ser independente.” Conheceu gente que só movia a cabeça. Soube de histórias piores do que a sua. Riu com algumas, chorou com outras. Fez amigos pra toda a vida. “Descobri que precisava começar a fazer coisas pra deixar a minha vida feliz novamente.”

Ainda no Sarah, ela começou a criar os tais corações. “Os médicos, os enfermeiros, os pacientes, todos me perguntavam o que era aquilo. Eu dizia: ‘É arte contemporânea’. Ninguém entendia nada”, conta, às gargalhadas. E reflete: “Há um ano, tenho uma outra vida. Preferia a outra, mas é essa que tenho agora e vou ser feliz assim”, diz. Emocionada, faz uma confissão: “Tô viva. Adoro viver, mesmo sem nunca mais ter ouvido uma música”. A mãe, sem dizer uma palavra, balança a cabeça com gesto afirmativo. Adir é testemunha do renascimento da filha.

“Minhas meninas”
Com exercícios específicos, hidroginástica e acupuntura, os movimentos das pernas, aos poucos, foram voltando. Da cadeira de rodas, ela passou ao andador. Agora, com 15 kg a mais, se sustenta com ajuda de bengalas. “Chamo as duas de minhas meninas: Maria Rita e Maria Paula”, conta, com um sorriso de quem aprendeu a rir da vida e de si mesma.

Aposentada por invalidez pelo INSS e pela Secretaria de Educação, Suyan decidiu ser o que sempre foi: apenas artista. Agora, em tempo integral. Ainda sente dores na coluna, nas pernas e formigamento nos pés. Está surda, mas continua viva. Na manhã de ontem, a conversa foi intermediada pela mãe, sempre disposta a acompanhar a filha. Tão grave é a surdez que nem aparelhos resolvem o problema.

Quando se fala olhando diretamente para a artista plástica, ela consegue fazer leitura labial. Mas, ainda assim, há momentos em que o diálogo fica mais complicado. Adir, a doce mãe, entra em cena. A comunicação entre as duas é perfeita. “E olha que nossa relação não era das mais fáceis. Complicada mesmo. A Suyan sempre foi muito determinada, fez o que quis, independente”, diz a mãe. A filha reconhece e admite: “Acho que mudei, fiquei mais carinhosa com todos que me cercam, rio mais”.

Naquele espaço da Casa de Cultura da América Latina, da UnB, no Setor Comercial Sul, os corações de Suyan, feitos de panos, trapos e pura emoção, batem forte. Além deles e de toda a simbologia que representam, ela colocou um vestido e um babador (“que minha mãe pedia pra eu usar quando tava internada e precisava comer” e dois jalecos (“que eu usava no Sarah e roubei quando saí”).

Tudo virou arte nas mãos inquietas da artista que não segue rótulos. Até uma carta de um ex-namorado espanhol parou ali. “Meus ex-mortos estão todos aqui. Minhas loucuras sexuais também”, brinca, sem pudores. O nome da exposição? Vou te contar um segredo: o coração emudece. “É a realidade da minha vida, o que sou, minhas histórias, meus recortes de vida. O engraçado é que o título foi pensado há dois anos, antes de tudo acontecer”, explica. E continua: “A arte não me deu dinheiro, mas me dá êxtase, liberdade, prazer total”.

Pergunto à mulher que escolheu sempre ser perdidamente apaixonada — pelos homens e pela vida — como vão os amores. Ela responde, às risadas: “Tô sozinha. Um amigo me disse pra eu pagar um michê pelo menos para fazer o meu cateterismo (para ajudá-la no processo da urina)”.

Passa das 13h. A conversa precisa acabar. Há muito para a artista plástica fazer. Outras criações, novos trabalhos, novas ideias, mais um médico para ir... É a vida, como o coração que bomba o sangue, continuando. E ela mesma define essa vida: “É um brinde (“Nossa, que cafona!”). E continua, comovida: “É sofrimento, lágrimas, renascimento e eternidade. A gente só morre quando o coração para de bater”. Suyan sabe o que diz.

O sangue da vida
Exposição: Vou te contar um segredo: O coração emudece, na Casa de Cultura da América Latina (CAL) — Setor Comercial Sul, Quadra 4, Edifício Anápolis. De terça a sexta-feira, das 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h. Até o dia 23. Entrada franca.

Fonte: Correio Braziliense
Matéria de Marcelo Abreu

Anjos pedem cautela aos motoristas com 'pé pesado' na Suíça


Devemos sempre incentivar propostas que buscam valorizar a vida. Campanhas criativas para dimunição da velocidade dos carros nas ruas são legais.

Campanha da polícia na TV virou realidade no país.Atores vestem asas e ficam na beira de estradas movimentadas.

A polícia na Suíça está contratando atores que serão verdadeiros guardiões das estradas mais movimentadas do país. Vestidos de anjos – com direito a asas e bata branca –, eles vão pedir aos motoristas que sejam mais pudentes atrás do volante.

Cada anjo trabalha 20 horas por semana e deve acenar para os motoristas mais ousados que ultrapassarem a velocidade permitida.

A ideia surgiu depois que a polícia fez uma campanha na TV para diminuir o número de acidentes nas estradas. O movimento foi tão bem aceito que os anjos tomaram as ruas, literalmente.Os anjos estarão nas estradas da Suíça nos próximos seis meses e podem ser localizados em um mapa no site da polícia do país.

Do G1, em São Paulo

Eventos combatem discriminação no Estado


Iniciativas que combatem qualquer tipo de discriminação são muito legais e necessárias, e têm o total apoio deste blog.

Seminários reunirão servidores estaduais e municipais para destacar importância de evitar práticas contra grupos como negros e mulheres.

Seis agências da ONU e dois ministérios vão organizar uma série de seminários no Brasil para destacar a necessidade de o serviço público não discriminar grupos como mulheres e negros. A ideia é alertar gestores de políticas de gênero e igualdade racial de que a ação nas esferas governamentais pode contribuir para agravar ou reforçar os preconceitos de sexo e cor/raça.

O primeiro evento está sendo realizado nesta semana, com apoio de seis agências das Nações Unidas — PNUD, OIT (Organização Internacional do Trabalho), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) e UN-HABITAT (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos) — e organismos do governo brasileiro, como a Secretaria de Políticas para as Mulheres e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Funcionários públicos estaduais especialistas em políticas públicas de gênero e raça estão reunidos em Brasília, entre segunda e quarta-feira, no Seminário e Oficina “Identificação e Abordagem do Racismo e do Sexismo Institucionais”.

Na abertura, estiveram presentes o recém-empossado coordenador-residente das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freira, e o ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araújo. O seminário integra o Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia.

Ainda neste ano, outras atividades ligadas a racismo e sexismo serão promovidas no país, com o apoio das seis agências da ONU e do governo federal. A previsão é de levar a discussão regionalmente, em no mínimo cinco seminários e oficinas, um por região (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul).

Nos seminários, será abordado, por exemplo, quais ações devem ser tomadas para que um atendimento no posto de saúde não seja discriminatório. “É necessário trabalhar essas pessoas, capacitá-las, mas antes de qualquer coisa é preciso esclarecer sempre quais são os direitos assegurados pela legislação brasileira. Devemos romper a barreira da cegueira do racismo e sexismo”, afirma a organizadora do seminário e coordenadora do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, Angela Fontes, do UNIFEM.

“Rediscutir, recolocar na pauta e trazer clareza nessa discussão com as gestoras e gestores é essencial para que se possa replicar esses temas para os Estados e posteriormente para as esferas municipais”, diz Angela.

Ela cita relatos de funcionários de hospitais públicos que se negam a administrar remédios para amenizar a dor do parto de mulheres negras, alegando que estas, por descenderem de escravos, são fortes e acostumadas às dores. “Presenciei também uma situação de descaso com um homem negro, dentro de um cartório. Era mais do que notável a má vontade que a pessoa tinha em atendê-lo, visto que ele era negro e pobre e provavelmente não teria dinheiro para pagar pela certidão, um direito assegurado pela legislação.”, afirma a coordenadora.

da Prima Página

Estantes irreverentes organizam e decoram o ambiente

Tornar o ambiente onde vivemos ou trabalhamos mais bonito faz com que tenhamos mais ânimo e alegria em nosso dia-a-dia. Isso é muito legal!

Estantes servem para ajudar na organização da casa, mas podem muito bem roubar a cena da decoração. Os designers estão subvertendo o seu formato convencional para criar peças assimétricas e irreverentes. Há modelos com prateleiras circulares, outros feitos de nichos empilhados, de madeira ou coloridos. São como peças de arte que servem, também, para guardar livros e bibelôs. Se a sala está precisando de um toque diferente, vale investir numa estante ousada. Confira algumas peças:



terça-feira, 11 de maio de 2010

Comer nozes reduz colesterol, segundo estudo


Já havia ouvido falar que comer nozes ajuda a reduzir o colesterol, mas ver um estudo comprovando isso, é muito legal. É possível cuidar da saúde comendo coisas gostosas!

Comer nozes ajuda a baixar os níveis de colesterol no sangue, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Pessoas que comeram 67 gramas de nozes por dia registraram uma queda de 5,1% da concentração total de colesterol e uma diminuição de 7,4% na lipoproteína colesterol de baixa densidade (LDL-C) -conhecida como colesterol mau- em comparação com pessoas que não comem nozes, indicou o estudo.

As pessoas com altos níveis de triglicerídeos que comeram nozes registraram uma queda de 10,2% nos níveis de lipídios no sangue, concluiu a pesquisa, que analisou informações de 25 testes levados a cabo em sete países, envolvendo 583 homens e mulheres entre 19 e 86 anos com níveis altos ou normais de colesterol.

O estudo foi liderado pela doutora Joan Sebate, da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, e publicado nos Archives of Internal Medicine da American Medical Association.

Folha.com.br - 10/05/2010 - 19h47
da France Presse