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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tratamento usa estimulação cerebral por corrente para autismo e vício


Indolor e não invasiva, a técnica é cada vez mais utilizada em pesquisas que tentam desvendar o funcionamento da mente humana.

O botão gira e a corrente elétrica corre, atravessando o cérebro. Na cabeça do paciente, porém, apenas cócegas, nada mais. Diferentemente dos temíveis eletrochoques utilizados décadas atrás pela psiquiatria, a estimulação cerebral por corrente elétrica contínua (tDCS, na sigla em inglês) é indolor e nada invasiva, e torna-se cada vez mais comum em laboratórios do mundo que pesquisam o funcionamento do cérebro. E estudos conduzidos por brasileiros apontam que a técnica é capaz de ajudar na elaboração de tratamentos de vícios e na melhor compreensão do autismo (1).
Entre outras consequências, o autismo faz com que o indivíduo tenha dificuldade de julgar o estado emocional das pessoas. “Alguém saudável consegue saber, pela análise das expressões faciais, se o outro está triste, alegre etc. Com o autismo, isso é alterado”, explica o neurocientista Paulo Boggio, chefe do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em um estudo feito em parceria com o neurocientista da Escola de Medicina de Harvard Felipe Fregni, Boggio achou fortes indícios de que essa incapacidade dos autistas está relacionada a uma região do cérebro chamada lobo temporal.

Para chegar a essa conclusão, a dupla utilizou a tDCS em voluntários sem qualquer patologia neurológica ou psicossocial. Os participantes do estudo tinham o lobo temporal estimulado eletricamente enquanto precisavam fazer um reconhecimento de expressões faciais mostradas na tela de um computador. “Observamos que homens estimulados nessa região diminuíram o desempenho, ficaram piores no julgamento das expressões. E as mulheres melhoraram”, conta Boggio. “É como se tivéssemos simulado um comportamento autista”, complementa Fregni. O autismo, é preciso lembrar, afeta com muito mais frequência homens que mulheres.

A descoberta animou os dois pesquisadores, que estudam formas de, por meio do estímulo por corrente contínua, ajudar pessoas que sofrem com o transtorno. “Uma vez que conseguimos interferir no desempenho de voluntários saudáveis, será que conseguimos interferir em pessoas autistas? Essa é uma meta bem ambiciosa que estamos investigando”, diz Boggio.

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As primeiras descrições sobre a TDCS datam de 1831. Porém sua utilização foi deixada de lado porque os pesquisadores não conseguiam saber se ela surtia o efeito desejado. No fim dos anos 1990, com o desenvolvimento da tecnologia de neuroimagem, que permite aos cientistas observarem a reação do cérebro sob os mais variados estímulos, as investigações sobre a técnica foram retomadas.

Boggio explica que a tDCS pode ser usada para aumentar ou inibir a atividade cerebral. “Posso estimular uma determinada região para o desempenho de uma tarefa de memória ou modular essa estrutura, facilitando ou piorando seu desempenho”, diz. “Com isso, aumentamos a possibilidade de entender o efeito no comportamento da pessoa e no sistema nervoso”, completa.
O especialista explica que a técnica é utilizada de duas maneiras: em pesquisas de ciência básica e aplicada. Na primeira, o neurocientista busca entender a relação de uma estrutura do cérebro com determinada função. Estudos podem, por exemplo, avaliar que efeitos surgem na capacidade visual das pessoas quando elas têm o córtex occipital estimulado. Na ciência aplicada, por sua vez, a tDCS é usada como ferramenta de reabilitação. Por exemplo, para ajudar pacientes que tenham sofrido alguma lesão e perdido uma função motora.

“A discussão hoje é como reorganizar a atividade cerebral, de maneira que seja duradoura. Isso no caso das patologias neurológicas. No caso da parte cognitiva, a ideia e conhecer a relação entre cérebro e comportamento. Por isso, a tDCS pode ser utilizada tanto para diagnosticar patologias neurológicas como neuropsiquiátricas”, diz Boggio.

DecisãoUma linha de pesquisa muito promissora diz respeito ao processo de tomada de decisão. Em testes de laboratório, voluntários participam de um exercício no qual recebem uma oferta e precisam escolher que tipo de investimento gostariam de fazer em cada proposta que recebem. As ofertas incluem maiores ou menores riscos.

Nesse exame, os pesquisadores conseguiram identificar que, dependendo das estruturas estimuladas no cérebro, consegue-se aumentar ou diminuir o grau de risco assumido pelas pessoas. Os cientistas também demonstraram que a tomada de decisão é diferente em função da idade. Dependendo da idade do participante, a estimulação pode aumentar o grau de risco ou de cautela.

Ao terem o córtex pré-frontal direito estimulado, os voluntários jovens se mostraram mais conservadores, enquanto os participantes acima de 60 anos pareciam dispostos a se arriscarem mais. “Levando isso para a vida prática, vemos aí a quantidade de idosos que frequentam bingos ou de indivíduos que acabam caindo em golpes”, exemplifica Boggio.

Nesse sentido, as pesquisas podem ajudar no combate a diferentes tipos de vício. De acordo com o cientista, por trás do uso de drogas, da compulsão alimentar e de patologias relacionadas a algum vício existe o mecanismo decisório, que coloca uma série de variáveis subjetivas em julgamento. Boggio relata que ao estimular o córtex pré-frontal direito em pessoas que sofrem de alcoolismo, os resultados foram muito positivos. “Conseguimos diminuir a fissura (vontade de consumir álcool) com a tDCS. Porém vale ressaltar que foi usada apenas uma sessão”, atesta.

Boggio destaca que o uso da tDCS demonstrou a importância dessa estrutura cerebral no controle de busca para uma determinada substância. “O que fizemos foi abrir uma porta para novos estudos, que vão investigar os efeitos a longo prazo. Por enquanto, a técnica se mostra apenas uma promessa”, lembra.

1 - Dificuldade de interação
O autismo é uma alteração que afeta a capacidade de comunicação, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela não tem interesse nas brincadeiras ou simplesmente “vive em seu mundo”, mas porque ela tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa. O autismo é de duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas e não permite o desenvolvimento das relações sociais normais. Os sinais da desordem normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos 3 anos. Sua causa ainda não é conhecida.

Silvia Pacheco
Correiobraziliense.com.br

Especialistas sugerem uso de espelhos para gerar energia renovável

A energia solar concentrada, produzida por centrais dotadas de espelhos que refletem os raios de sol para acionar uma turbina, pode mudar o mapa energético mundial, segundo estimativas de cerca de 800 especialistas de mais de 40 países reunidos no seminário Solarpaces, realizado em Perpignan, ao sul da França.

Até 2050, este tipo de energia renovável poderá representar cerca de 10% da produção mundial de eletricidade, calcula a AIE (Agência Internacional de Energia).

Países do norte de África, Austrália, Índia, África do Sul, Espanha e Portugal poderão abrigar esse tipo de central, que necessita de muito sol, explicou Cédric Philibert, especialista da AIE.

Estas centrais, denominadas "termodinâmicas", são dotadas de espelhos móveis que concentram a energia solar na direção de um tubo preenchido com um fluído que se aquece. Este calor produz vapor d'água e aciona uma turbina.

Com a queda do preço dos materiais e o aumento do consumo de eletricidade, a energia solar concentrada poderá tornar-se competitiva a partir de 2020, afirmam os especialistas.

O Emirado de Abu Dabi terá, daqui a dois anos, a maior central solar desse tipo, com capacidade de 100 megawatts, um projeto realizado pelo grupo francês Total em parceria com o espanhol Abengoa no valor de 600 milhões de dólares.

Entre os países desenvolvidos, Espanha e Estados Unidos lideram o setor, com várias centrais em atividade e muitos outros projetos, segundo Philibert.

Já o os futuros fornecedores de eletricidade para a Europa poderão encontrar espaço no norte da África.

NOVOS GERADORES DE ENERGIA
Há alguns anos, um grupo de especialistas também lançou a ideia de que toda a eletricidade consumida no mundo poderia ser produzida por uma central solar com superfície equivalente a 1% do deserto do Saara.

Uma unidade já foi instalada no Marrocos e poderá produzir cerca de dois gigawatts; outra funciona no Egito. Há ainda projetos em discussão na Argélia.

Estas iniciativas fazem parte do Plano Solar Mediterrâneo (PSM), que prevê a construção, até 2020, de instalações de produção de eletricidade renovável, por exemplo, com energia solar, no sul e a leste da bacia mediterrânea.

Parte dessa produção seria exportada para a Europa, o que estimulou algumas empresas a estudar a possibilidade de desenvolver uma rede sob o Mediterrâneo que permitirá transportar esta eletricidade para o norte.

Existe já uma linha entre Algeciras (sul da Espanha) e Tânger (norte do Marrocos). No momento, a energia transita da Espanha para o Marrocos, mas no futuro a situação poder se inverter.

A França é pioneira nessa tecnologia, com a inauguração, em 1969, do forno solar de Odeillo, nos Pirineus, o equipamento desse tipo mais potente construído até hoje (1.000 kilowatts).

Folha.com.br

Escola celebra o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência

Música, alegria e muita interação. Foi nesse ritmo animado que os estudantes da Escola Classe 5 do Guará comemoraram, nesta terça-feira (21/9), o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, compartilhando experiências com a comunidade, pais e professores. Durante o dia, mais de 500 crianças que estudam na escola assistiram apresentações de artistas locais portadores de limitações física e intelectual, além poder acompanhar exposição de artesanato, aulas interativas sobre inclusão e massoterapia realizada por deficientes visuais. Desses, 25 são alunos especiais, inseridos no ensino regular.

Para a coordenadora do encontro, a psicopedagoga Cristiane Bueno, o sucesso do evento está na reação de cada aluno presente, alegres com as brincadeiras e encontros. “É importante que eles aprendam desde cedo que valorizar o próximo é fundamental, uma questão de respeito e amor. Mais uma vez temos a oportunidade de reforçar que todos somos diferentes e especiais, independentemente das limitações física e intelectual que tenhamos.” Para ela, a interação proporcionada serve para mostrar aos alunos e à sociedade que os portadores de deficiência têm dificuldades e habilidades como todos os outros cidadãos.

Letícia tem 7 anos e convive com alunos portadores de deficiência na Escola Classe 5. Sempre com muito carinho e igualdade, conceitos ensinados pelos professores da escola. Para a mãe, Lidiane Helena de Lima, 35 anos, incentivar no ambiente escolar o valor do respeito vai construir os conceitos básicos de humanidade na vida da filha e das demais crianças. “Acho ótima a iniciativa. É uma troca de experiências importante para os jovens e uma interação para aqueles que nem sempre tem seu espaço reconhecido”, afirma.

Gustavo Machado, 11 anos, é aluno do 4º ano do ensino fundamental e estava animado com o encontro. Quieto e sereno, se divertiu com as mímicas do comediante surdo Waldimar Carvalho – todas realizadas em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Quando questionado sobre a importância desse tipo de debate, o pequeno Gustavo deu a lição: “Acho que todos deveriam aceitar aqueles que são diferentes. Não importa quem é cego, surdo e ou não anda direito. Todos nós somos especiais”, afirma o menino. Gustavo nasceu com Síndrome de Asperger, uma espécie de autismo. Desde que foi inserido ao ensino regular da Escola Classe 5, é reconhecido pelo esforço e pela evolução do quadro. “Ele está cada dia mais atento e se dedica aos estudos, além de ser respeitado pelos colegas de sala”, comenta Cristiane Bueno.

Superação e interação
Gilma de Freitas Carvalho faz bolsas, cachecóis e chapéus em tricô. Cheias de cores, as peças da habilidosa artesã foram apresentadas em um pequeno estande durante o evento para as crianças do Guará. Cega desde os 24 anos, quando sofreu um acidente de carro, Gilma conta sua história e afirma que ser deficiente não é nem nunca foi um obstáculo em sua vida. “Todos nós temos que aprender – ou reaprender, como foi meu caso – a viver de forma diferente. Os planos mudam, mas a vida continua para nos guiar”, afirma otimista.

A artesã, que tem apenas 2% da visão do olho direito, afirma que desde criança conviveu com uma prima portadora de deficiência e que isso a fez enxergar a cegueira de forma diferente. “Se minha prima, que nasceu com paralisia infantil, deu conta de levar uma vida saudável e feliz, por que eu não poderia? A nossa visão sobre o mundo muda completamente. Da mesma forma, essas crianças que hoje têm a oportunidade de conviver com deficientes de perto ganham a chance de ver o mundo com outros olhos. Com olhos de otimismo e igualdade.”

A banda da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal (Apae-DF), composta por seis músicos portadores de deficiência mental, se apresentou na abertura do evento. Leonardo Bleggi, professor de música do grupo, acredita que a oportunidade é importante também para os participantes se sintam inseridos na sociedade. “A maioria dos assistidos pelos projetos da Apae é uma população adulta, entre 30 e 60 anos. Nem sempre eles conseguem oportunidades de trabalho. Momentos como esses são fundamentais para que saiam da rotina e se sintam valorizados”, afirma Leonardo. “Aqui eles não são deficientes que precisam ser tratados com pena. São verdadeiros artistas, recebidos com carinho pelas crianças.”

Rayanne Portugal
Correiobraziliense.com.br

Pesquisadores do Espírito Santo testam vacina tetravalente contra a dengue em crianças

Pesquisadores brasileiros iniciaram um estudo clínico experimental para testar a segurança de uma vacina tetravalente (que inclui os quatro tipos de vírus) contra a dengue em crianças.

A pesquisa está sendo conduzida pela Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) e é patrocinada pelo laboratório Sanofi-Pasteur, que estuda o desenvolvimento de uma vacina há dez anos.

De acordo com o infectologista Reynaldo Dietze, responsável pela condução do estudo no Brasil e diretor do Núcleo de Doenças Infecciosas da Ufes, 150 voluntários de nove a 16 anos receberão três doses da vacina em intervalos de seis meses.

Após o término das doses, esses voluntários serão acompanhados por mais seis meses para avaliar possíveis efeitos colaterais (como dor local e dor de cabeça) e também a produção de anticorpos contra os quatro vírus.

A escolha do público infantil para a testagem da vacina não aconteceu por acaso. Desde 2006 os casos graves de dengue passaram a ser mais comuns em pessoas com menos de 15 anos. Hoje elas representam 25% do total de casos, enquanto há 10 anos não chegavam a 2%.

Além disso, as vacinas eficazes na população infantil costumam funcionar bem entre os adultos, diz Fernando Noriega, vice-presidente de Desenvolvimento Clínico da Sanofi-Pasteur.

ARMADILHAS
Neste primeiro momento o estudo está acontecendo em Vitória. A cidade foi escolhida, segundo Dietze, porque a prefeitura mantém um programa intenso de monitoramento da doença com 1.400 armadilhas espalhadas por todos os bairros da cidade.

Essas armadilhas atraem as fêmeas do mosquito e elas são enviadas para análise em laboratório. Assim, é possível saber quais fêmeas estavam infectadas com dengue e por qual sorotipo do vírus.

"Esses dados ajudam a prefeitura a focar as medidas de controle, pois é possível saber em quais bairros têm mais mosquitos e quais bairros possuem mais mosquitos infectados", diz Dietze.

Após a conclusão dessa fase do estudo, se comprovada a segurança da vacina, o laboratório dará continuidade ao estudo incluindo quatro capitais endêmicas e envolvendo 8.000 voluntários.

A previsão é que os resultados preliminares do estudo saiam até o final de 2012, mas não há prazo para a vacina chegar ao mercado.

FERNANDA BASSETTE
Folha.com.br

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Manifestação contra intolerância religiosa reúne 70 mil pessoas no Rio

Mais de 70 mil pessoas participaram neste sábado (19/9) de uma caminhada na Praia de Copacabana, em defesa da liberdade religiosa, segundo a Polícia Militar. Ao som de grupos como Olodum, seis trios elétricos animaram a manifestação, que reuniu praticantes de várias religiões.

Essa foi a terceira edição da caminhada, organizada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (Ccir) do Rio. De acordo com o interlocutor da instituição, Ivanir dos Santos, o grande destaque foi o aumento da participação de católicos e anglicanos no evento.

O bispo da Igreja Anglicana Celso Franco de Oliveira disse que o número de manifestantes dessa corrente no evento ainda é pequeno diante da quantidade de fiéis no Rio. Mesmo assim, destacou que a participação tem crescido a cada ano.

“A Igreja Anglicana acredita que cada um de nós de uma subjetividade singular e como tal tem o direito de expressar sua fé como quiser. O importante é ser feliz”, disse Oliveira.

Da Igreja Católica, um grupo chamou atenção ao lembrar do episódio em que a imagem de uma santa foi depredada durante programa de TV da Igreja Universal do Reino de Deus, em 1995. À época, os líderes religiosas da igreja pediram desculpas pelo fato.

“Trouxemos esses cartazes [com a imagem do pastor chutando a santa] para que nós, principalmente os católicos, não nos esqueçamos. Queremos liberdade religiosa para todos, independente da crença”, disse Juan Santos.

Matriz africana
Praticantes de wicca, hare krishnas, mulçumanos e ciganos também marcaram presença na caminhada, mas predominaram as religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé. De acordo com Ivanir dos Santos, eles são as principais vítimas da intolerância.

“Não podemos deixar os setores intolerantes crescerem. Há mais de 30 anos, eles perseguem a umbanda e o candomblé. Se crescerem, não tenho dúvidas, chegarão a outros setores da população brasileira. Estamos defendendo a democracia”, afirmou.

Além de pedir o fim de atitudes “proselitista”, de maneira geral de grupos cristãos, os praticantes de umbanda da Tenda Espírita Cabloco Arranca-Toco, da Ilha do Governador, disseram que a manifestação é uma oportunidade de confraternização.

“Na nossa região tem várias igrejas e ninguém tem problema com ninguém”, afirmou o representante Antônio Manuel de Oliveira “Nossa dádiva é unir, conviver, porque Deus é um só, viemos aqui defender essa ideia.”

Correiobraziliense.com.br

Fibra de crustáceos pode despoluir rios contaminados com metais pesados

Uma fibra retirada de crustáceos, como camarão e lagosta, pode ajudar a despoluir rios e lagos contaminados por metais pesados, de acordo com uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

A fibra, chamada quitosana, é abundante na natureza e comumente usada pela indústria farmacêutica para outras finalidades.

"Ela é extraída da casca de crustáceos, como caranguejos, que são descartados pela indústria pesqueira", disse a pesquisadora Elaine Nogueira Lopes de Lima, que apresentou o trabalho como tese de doutorado em química.

Para extrair da água metais como cobre e chumbo, que podem contaminar animais e plantas nas proximidades, a quitosana é alterada quimicamente, ficando com capacidade de "aderir" a essses elementos.

"A quitosana é usada em forma de pó. Quando jogada na água, os metais grudam nas moléculas", disse Lima.

Em seguida, é feita uma filtragem para retirar o pó com metais pesados absorvidos.
O pó da fibra pode ser reutilizado depois de retirados os metais pesados.

Com os resultados positivos, a pesquisadora já planeja testar outras reações em misturas com quitosana, desta vez em fármacos. O objetivo é que o tratamento nos rios seja ampliado para substâncias tóxicas desta área.

MAURÍCIO SIMIONATO
Folha.com.br

Novo exame ajuda a planejar intervenções no coração

Um novo tipo de exame do coração pode melhorar resultados de angioplastias, pontes de safena e colocação de marcapassos.

A ressonância magnética em três dimensões desenvolvida por médicos da University of Western Ontario, no Canadá, consegue fundir duas imagens em uma: o mapeamento de vasos do coração e o das lesões no músculo cardíaco, como fibroses e cicatrizes causadas por infartos e inflamações.

Segundo o líder da pesquisa, James White, ter essa imagem combinada permite direcionar os tratamentos para vasos que irrigam partes do coração que ainda podem responder aos procedimentos, e não para as regiões lesionadas. Assim, seria possível melhorar a taxa de sucesso das intervenções.

Os pesquisadores do Canadá testaram a ressonância em 55 pacientes que fariam angioplastia ou colocariam marcapasso. Os resultados foram publicados no "Journal of the American College of Cardiology: Cardiovascular Imaging".

SINCRONIA
Carlos Eduardo Rochitte, cardiologista do Incor (Instituto do Coração do HC), afirma que o exame pode ser útil em tratamentos de ressincronização, feitos quando dois lados do músculo não estão contraindo ao mesmo tempo.

Nesses casos, é necessário colocar um marcapasso duplo, que passa pelos vasos do ventrículo esquerdo. É preciso saber onde estão os vasos e se não há fibrose na área onde vai ficar o aparelho. "Esse exame dá as duas informações", diz Rochitte.

O especialista também vê benefícios para pontes de safena e angioplastias. "O objetivo desses procedimentos é restabelecer o fluxo de sangue para uma região do músculo. Se ela tiver fibrose, não vai valer a pena."

Ele destaca, no entanto, que a tomografia tem maior precisão para avaliar a condição dos vasos.
"A visualização pela ressonância ainda é limitada. Há técnicas de fusão de tomografia e ressonância, por exemplo, para esse tipo de exame." Ainda assim, a ressonância tem a vantagem de não envolver radiação, é inócua para o paciente.

NA PRÁTICA
A adoção do exame na prática clínica ainda precisa ser avaliada, para Rochitte.

"A gente tem que ver o que é importante e o que é essencial. Não sei se isso vai se tornar essencial." Mesmo assim, ele acredita que esse tipo de inovação é a tendência dos exames. "O caminho é o uso de 3D e de imagens que podem ser facilmente analisadas", afirma.

Débora Mismetti
Folha.com.br

Francês, sem braços e pernas, atravessa Canal da Mancha em 13h

Com ajuda de próteses especiais, Phillipe Croizon completou a travessia.

O francês Philllipe Croizon, que não tem pernas nem braço, atravessou o Canal da Mancha, que separa a Grã-Bretanha da França, em pouco mais de 13h. Ele, que contou com a ajuda de próteses especiais, esperava completar o percurso em 24h.

- Estou muito feliz - disse o nadador, que atuava como metalúrgico quando, em 1994, teve que amputar braços e pernas após ter sofrido uma eletrocussão quando instalava uma antena de televisão.

Folha.com.br

Dados preliminares indicam queda recorde de desmatamento na Amazônia

O governo brasileiro trabalha com a indicação de que o desmatamento na Amazônia, no período 2009-2010, será o menor da série histórica, iniciada em 1977 --superando inclusive o resultado recorde verificado no período anterior, em 2008-2009.

O número oficial ainda está sendo processado pelo Prodes (Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas), sistema ligado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e será divulgado em novembro. Mas o Ministério do Meio Ambiente já considera "viável" esperar algo entre 5.000 km2 e 6.000 km2 de área desmatada no período.

"É claro que temos de ser cautelosos, pois o resultado pode ser afetado por uma série de fatores. Mas pelos nossos cálculos, dá para falar de algo em torno de 5.000 a 6.000 km2", disse à BBC Brasil a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Se o número for confirmado, o país terá antecipado, para este ano, a meta de desmatamento prevista para 2015, de acordo com Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Pelas metas, o desmatamento na Amazônia Legal terá de cair para 5.000 km2 até 2017.

O Brasil já havia registrado queda recorde no desmatamento no período 2008-2009, quando as derrubadas somaram 7.400 mil km2.

FISCALIZAÇÃO
A estimativa de novo recorde foi feita com base nos dados do Deter, levantamento via satélite também ligado ao Inpe, que fornece dados de forma mais rápida, mas menos precisos que os do Prodes.

De acordo o Deter, que não "enxerga" áreas desmatadas com menos de 25 hectares, o desmatamento na região amazônica chegou a 2.294 km2 entre agosto de 2009 e julho de 2010 --uma redução de 48% em relação ao período anterior.

"O sistema do Deter nos permite ter uma ideia do que virá no Prodes, apesar de não haver uma relação direta. E também estamos considerando o fato de que a cobertura de nuvens foi menor no ano passado. Ou seja, podemos ter uma expectativa mais precisa", diz a ministra.

Segundo ela, os números indicam que a estratégia de fiscalização "funcionou". Uma das explicações está no uso de novas tecnologias que permitem detectar um maior número de áreas desmatadas, diz.

Mas a principal razão da queda, na avaliação de Izabella Teixeira, está na ideia de uma fiscalização maior sobre toda a cadeia produtiva.

"A ideia disso é fazer não apenas uma fiscalização dirigida ao desmatador, mas também ao fornecedor e à destinação. Fomos atrás não apenas do desmatador, mas também de quem processa. Assim, aquele que quer comprar começa a sair do jogo", diz.

DA BBC BRASIL
Correiobraziliense.com.br

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Cientistas criam tecido que é borrifado no corpo como um aerossol

Um tecido que pode ser borrifado na pele ou em outras superfícies para fazer roupas, curativos médicos e até cortinas e estofados foi apresentado nesta quinta-feira.

O material, desenvolvido por um acadêmico e estilista espanhol, Manel Torres, em parceria com Paul Luckan, especialista em tecnologia de partículas do Imperial College London, foi batizado de Fabrican Spray-on.

Uma vez aplicado na pele com tecnologia aerossol, ele seca instantaneamente, não forma costuras, pode ser lavado e vestido novamente.

O tecido é composto de fibras pequenas, substâncias conhecidas como polímeros --fazem com que as fibras se unam-- e um solvente que permite que ele seja aplicado em forma líquida.
Após a aplicação, que pode ser feita com lata de aerossol ou um spray de alta pressão, o solvente se evapora.

A textura pode ser alterada de acordo com o tipo de fibra usada (lã, linho ou acrílico) e dependendo da forma de aplicação.

MATERIAL FUTURÍSTICO
"Quando comecei este projeto, queria criar um material futurístico, sem costuras, rápido e confortável", disse Torres. "Na minha busca por produzir este tipo de tecido, terminei voltando aos princípios de tecidos mais antigos como o feltro, que também é produzido a partir de fibras e um modo de uni-las sem costurá-las ou tecê-las."

"Como artista, passei meu tempo sonhando com criações únicas, mas como cientista, tenho que me focar em fazer coisas reproduzíveis. Quero mostrar como a ciência e a tecnologia podem ajudar estilistas a criar novos materiais." A moda, no entanto, é paenas um dos usos para a tecnologia.

Torres criou uma empresa, a Fabrican Ltda, com o professor Luckham, para explorar outras aplicações, como bandagens médicas, lenços umedecidos, perfumadores de ar e estofados para móveis e carros.

"A aplicação do tecido borrifado na moda é uma excelente forma de anunciar o conceito, mas também queremos trabalhar com novas aplicações nas indústrias médica, de transporte e química", disse Luckham.

"Por exemplo, o tecido pode ser produzido e mantido em uma lata de aerossol esterilizada, que poderia ser perfeita para fazer curativos borrifados sem aplicar nenhuma pressão, no caso de queimaduras, ou para aplicar remédios diretamente sobre um ferimento", completou.


BBC News
Na Folha.com.br

Em ação global, cidadão vira cineasta

Campanha One Day on Earth incentiva captação de imagens em 100 países, para transformá-las em documentário sobre diversidade.

Milhares de pessoas em mais de 100 países deverão capturar, em 10 de outubro, imagens de vídeo para documentar seus próprios modos de enxergar a realidade, por meio da campanha One Day on Earth (Um Dia na Terra). O objetivo da iniciativa, com participação gratuita e aberta a todos os que fizerem inscrição pela internet, é explorar as diferentes identidades e perspectivas existentes no planeta, ajudando a responder à questão “Quem somos nós?”.

O resultado das filmagens será apresentado em um documentário com duas horas de duração, cujo lançamento está previsto para 2011. A produção retratará histórias de triunfos, tragédias, conflitos e esperanças registradas diariamente ao redor do mundo, em um mosaico de imagens em movimento que vão divulgar a carência de necessidades básicas e tradições culturais até então desconhecidas do grande público.

A ação, que também reúne cineastas, conta com uma adesão crescente entre adolescentes que participam por meio de seus celulares. Além disso, todos os vídeos captados durante a campanha ficarão disponíveis na internet, com um amplo serviço de busca. O grande alcance desse material oferecerá um recurso de grande valor: uma base de dados de imagens que tratam de temas importantes para a comunidade internacional.

O One Day on Earth teve início em setembro de 2008, como um projeto para fomentar a criação de uma “cápsula do tempo”, que retratasse histórias de vida no planeta em um intervalo de 24 horas. A iniciativa, da Fundação Creative Visions, que busca transformar a realidade por meio da comunicação e das artes, foi idealizada para permitir que os participantes criassem sua própria interpretação editada do mundo.

Os escritórios do PNUD se unem à iniciativa por meio do incentivo à ampliação do alcance do projeto. O apoio da agência inclui suporte local e regional à captação das imagens em áreas com baixa tecnologia de transmissão de dados, em países como Afeganistão, Cuba, Haiti, Ruanda e Sudão. O trabalho será facilitado pela distribuição, em diversas partes do globo, de 120 câmeras de vídeo em alta definição pela organização do One Day on Earth.

“Esse projeto nos oferece uma oportunidade única para personificar temas que afetam a comunidade internacional, além de fomentar o diálogo a fim de criar uma maior consciência global”, afirma Stéphane Dujarric, diretor de comunicação do PNUD internacional.

A iniciativa ajudará a agência da ONU a reforçar seu papel de incentivo ao cumprimento dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), fixados pelas Nações Unidas até 2015. As imagens do One Day on Earth evidenciarão desafios e obstáculos enfrentados em várias partes do mundo para alcançar os oitos objetivos.

da PrimaPagina

Terapia genética tem primeiro êxito contra anemia hereditária

Uma terapia genética se mostrou bem sucedida pela primeira vez para o tratamento da talassemia, uma anemia hereditária, indicou nesta quarta-feira (15/9) a equipe de médicos e pesquisadores que a desenvolveram.

"Foi a primeira vez no mundo", declarou à AFP Philippe Leboulch, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM) e do Comissariado de Energia Atômica (CEA), ambos franceses, diretor científico do estudo, cujos resultados serão publicados pela revista britânica Nature.

"Trata-se de um grande progresso, mas será preciso usá-lo com outros pacientes para ver se o êxito se confirma", disse Marina Carazzana-Calvo, do hospital Necker, em Paris.

"O paciente, que tem hoje 21 anos de idade, iniciou o tratamento há três anos e passou a não precisar mais de transfusões sanguíneas há dois anos", explicou Leboulch.

"O jovem encontrou um emprego estável como cozinheiro em um restaurante parisiense", contou Leboulch, advertindo, no entanto, que a evolução de seu quadro precisa ser analisada com "cautela".

Cerca de 200.000 pessoas nascem por ano com algum tipo de talassemia.

A terapia aplicada no estudo se baseou na extração de células-tronco da médula óssea do paciente - que, depois de serem "corrigidas" em um laboratório, foram novamente injetadas no jovem.

"O paciente permaneceu um mês no hospital", indicou a professora Eliane Gluckman, principal coordenadora do teste clínico.

Para ela, trata-se de "um enorme progresso", que permitirá curar "pacientes que não podem fazer transplante de medula por não ter irmãos para fazer a doação".

Para conseguir transferir o volumoso gene corretor para as células, os pesquisadores utilizaram um vetor viral derivado do HIV, depois de torná-lo inofensivo - como já havia sido feito em Paris para tratar duas crianças que tinham uma doença genética no cérebro.

O jovem francês de origem vietnamita e tailandesa que recebeu o tratamento sofre de um tipo de "beta-talassemia" muito comum no sudeste asiático e na costa oeste dos Estados Unidos.

Nos casos mais agudos da beta-talassemia, os pacientes sofrem com uma anemia intensa e só conseguem sobreviver se receberem transfusões sanguíneas e um tratamento para eliminar o ferro que se acumula no corpo em consequência das repetidas transfusões.

O teste realizado com este paciente será repetido em dez outras pessoas, segundo Leboulch, que também é fundador de uma sociedade que produz vetores virais e pretende levar sua pesquisa para a Tailândia.

France Presse
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Projeto do cineasta Fernando Camargos conquista cada vez mais jovens

É um curso gratuito, em quem eles se movimentam em torno do fascínio de trabalhar com uma câmera, criando, filmando e editando.

As mãos pequenas de Cristian Magalhães, 13 anos, morador da Cidade Ocidental, nunca haviam segurado uma câmera de vídeo. Aos poucos, o menino descobriu o prazer de guardar fragmentos da realidade. A vontade de capturar momentos sob uma perspectiva só dele foi brotando. Cristian descobriu também que pode ser o autor do roteiro da sua própria vida. Passo a passo, ele começa a escrever uma nova possibilidade de futuro para si mesmo.

Cristian é um dos 38 alunos do projeto Doc Criança, comandado pelo cineasta Fernando Camargos. Nesse projeto, são oferecidas aulas gratuitas de cinema a crianças e jovens de 9 a 19 anos, sempre aos sábados, na Biblioteca Nacional. A mãe de Cristian é guarda noturna, uma mulher trabalhadora que nunca teve muito contato com as artes. Passa o tempo todo lutando para dar aos filhos aquilo que ela nunca teve.

Todo sábado, Cristian acorda bem cedo e enfrenta sozinho, de ônibus, os mais de 50km que separam a Cidade Ocidental, no Entorno, do Plano Piloto. É um longo caminho até o aprendizado. Mas vale a pena. “Eu nunca tinha pensado em fazer cinema. Um dia, o professor Fernando conheceu minha mãe e ela perguntou a ele como fazia para ser cineasta. Ele disse que eu podia fazer o curso. Eu adorei”, disse Cristian.

Ele e os outros alunos aprendem a operar câmera, dirigir, editar vídeo, atuar e muito mais. Das 10h às 12h, eles filmam. À tarde, editam. “A diferença desse curso para os outros é que esse, além de ser de graça, é muito prático e completo, abrange todas as etapas do processo”, explicou Camargos. Os participantes são divididos em três grupos, por idade: Doc Criança, dos 9 aos 12; Doc Teen, dos 13 aos 17, e Doc Universitário, dos 18 aos 19. Em 60 horas, os alunos adquirem noções básicas para montar um filme. Para isso, precisam dedicar quase todo o sábado à atividade. Ficam das 10h às 16h na sala digital da biblioteca e ganham almoço.

Arte democrática
O Doc Criança existe há quatro anos e começou no Riacho Fundo. “Tenho três filhos e eles me pediram para ensinar a eles como fazer um filme. Montei um grupo com eles e amigos deles, no Riacho, onde moramos, e fui tomando gosto por ensinar crianças”, relatou Camargos. Depois disso, a iniciativa passou pelo Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, e ainda vai a diversas escolas públicas e particulares. Sempre de graça. “Eu não dou curso pago. Esta é minha proposta. Minha formação como cineasta foi muito cara. Se eu não tivesse meu pai para me apoiar, talvez não conseguisse. Quero incentivar o gosto pelo cinema em todas as classes sociais”, afirmou o cineasta.

O projeto é financiado pelo Ministério da Cultura/Secretaria de Cultura, por meio do projeto Ponto de Cultura, (1) com apoio da Biblioteca Nacional. Depois de ser selecionado para receber a verba, o trabalho de Camargos ganhou mais força. Ele comprou equipamentos melhores e o Doc Criança vai ficar durante três anos na Biblioteca Nacional. As inscrições estão permanentemente abertas e podem ser feitas por e-mail (doc.criancas@gmail.com). Basta estar na idade adequada para participar e ter vontade de aprender. Como a procura tem sido grande — por volta de 600 pessoas se inscreveram —, Camargos seleciona os próximos alunos por ordem de chegada.

Social
Os participantes têm perfis diferentes. A intenção é essa: a convivência entre diversas realidades. “Temos alunos com as mais variadas condições sociais aqui. Tem gente do Lago, de Ceilândia, do Guará, de Valparaíso e universitários”, apontou. Camargos conta com a ajuda de outros dois professores, Wagner Lopes Gama e Nina Orthof. Nas aulas, eles tentam envolver os alunos com temas educativos. O diretor convida frequentemente personalidades importantes para treinar nos meninos e nas meninas a habilidade de entrevistar.

A estudante Amanda Ehrhardt, 14 anos, moradora de Sobradinho, quer montar um curta-metragem. Escreveu o roteiro, vai dirigir e atuar. “Vai ser sobre a pracinha que fica perto do ParkShopping. Lá, rola muita coisa polêmica. Tem muito jovem e drogas. Quero mostrar como é fácil conseguir droga e como a falta de diálogo em casa pode piorar tudo. Os atores já estão ensaiados”, explicou. Amanda sonha alto: “Quero mandar meu curta para o Festival de Cinema de Brasília”.

As avaliações sobre o curso são as mais variadas. “Estar aqui é um jeito diferente de estudar, é muito mais legal que na escola. Não tem teste e ainda ganhamos almoço. Também é bom passar o sábado fora de casa”, afirmou Víctor Jaegger, 14 anos, que vive no Park Way. “Quero fazer faculdade de cinema e esse curso me dá uma bagagem muito boa”, completou Pedro Paulo Toledo, 18 anos, morador do Gama.

Alta tecnologia
Os estudantes filmam e montam os vídeos em alta definição. Usam os melhores equipamentos e programas de computador. A Adobe, empresa que detém os direitos sobre muitos dos softwares mais utilizados no mercado, acreditou no projeto e doou 16 pacotes completos do Master Collection, o mais avançado conjunto de programas multimídias da marca. O objetivo é incentivar a profissionalização desses jovens. Cada pacote custa, em média, R$ 6 mil.

Na sala digital, há também uma televisão Full HD de 70 polegadas que pertence à biblioteca. É a primeira parceria de cunho social da Adobe no Brasil. “O laboratório é mais completo que o de muitas universidades, que não são capazes de oferecer tudo isso”, explicou Camargos. Depois de prontos, os vídeos vão para a internet.

Tanto investimento começa a render frutos. Alguns alunos já estiveram entre os concorrentes de mostras competitivas no Rio de Janeiro e em Brasília. Aos 16 anos, a então participante da oficina Lorena de Sá apresentou no 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2009, o curta-metragem Rodoviária do Plano Piloto. O filme, baseado em poema homônimo de Antônio Miranda, teve edição de outro aluno, Diego Camargos, 13. Lorena foi a diretora mais jovem a participar do festival, em todas as edições. Não levou o prêmio. Mas ganhou o principal: a certeza de que os meninos eas meninas do Doc Criança podem ir longe.

1 - Acordo cultural
Em junho de 2009, o Governo do DF assinou um acordo de cooperação com o MinC para firmar parceria com o projeto federal chamado Mais Cultura. A parceria viabilizou a distribuição de R$ 1,2 milhão entre 21 pontos da capital. Os programas beneficiados foram escolhidos de acordo com a capacidade de promover o acesso da população aos bens e serviços culturais.

DOC CRIANÇA
Aulas de cinema gratuitas
Inscrições: doc.criancas@gmail.com.
Canais para assistir aos vídeos feitos pelas turmas do curso: www.dzai.com.br/doccriancagmail/mypage , www.youtube.com/user/doccrianca1 e http://www.cecan.com.br/.

Leilane Menezes
Correiobraziliense.com.br

Ronaldo e Paulo Coelho vão promover ODM


Brasileiros e mais 23 celebridades integram grupo que vai destacar em campanhas a importância de se cumprirem os Objetivos do Milênio.

O atacante Ronaldo, do Corinthians, e o escritor Paulo Coelho são os brasileiros entre as 25 pessoas escolhidas pela ONU para integrar o grupo Campeões dos Objetivos do Milênio, formado por personalidades que terão a missão de incentivar o cumprimento da série de metas estabelecidas pelos países da ONU.

Em comunicado, a organização lembrou que faltam apenas cinco anos para o fim do prazo de cumprimento dos oito objetivos, que incluem o fim da pobreza extrema e a promoção da igualdade entre os sexos. O compromisso foi assinado por Brasil e outras 190 nações em 2000.

Os atores Antonio Banderas e Mia Farrow, a rainha Rania (Jordânia), os jogadores de futebol Zinédine Zidane, Didier Drogba, Emmanuel Adebayor e Michael Ballack, a tenista russa Maria Sharapova e os corredores Carl Lewis e Paul Tergat também estão na lista de embaixadores da Boa Vontade e Mensageiros da Paz e vão trabalhar pelo alcance das metas.

Por meio de entrevistas, participações em eventos e aparições em meios de comunicação, as celebridades buscarão gerar maior consciência sobre a importância do tema. Eles também devem realizar a uma campanha on-line sobre o assunto.

“Agradeço a esses líderes proeminentes por juntarem esforços para o desenvolvimento dos ODM. Esses são os nomes que vão levar a mensagem de justiça global e solidariedade a lares e comunidades ao redor do mundo”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no lançamento da iniciativa.

A campanha está sendo lançada pouco antes da Cúpula dos ODM que será realizada entre 20 e 22 de setembro, na sede da ONU em Nova York. O evento reunirá 150 chefes de Estado, além de líderes do setor privado e representantes da sociedade civil, para discutir estratégias de ação para acelerar o cumprimento dos Objetivos do Milênio.

da PrimaPagina

Ex-presidente Michele Bachelet chefiará ONU-Mulheres

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou a ex-presidente do Chile, Michele Bachelet, para chefiar a nova entidade das Nações Unidas, ONU-Mulheres.O anúncio foi feito nesta terça-feira em Nova York.

Assembleia Geral
Ao lado da vice-secretária-geral, Asha-Rose Migiro, Ban disse que Michele Bachelet trará para o cargo muita experiência, liderança global e estatura internacional. Para Ban, a entidade especializada em mulheres deve ajudar a alcançar as esperanças de milhões de mulheres e meninas em todo o mundo.

A nova entidade é uma fusão de quatro agências e fundos da ONU especializados em gênero incluindo o Unifem. O novo órgão foi aprovado pelas Assembleia Geral das Nações Unidas em julho.

O objetivo é acelerar o processo de empoderamento e autonomia das mulheres. Para Ban, juntar as quatro agências e fundos ajudará a reforçar a voz feminina numa discussão global. O ONU-Mulheres começará a operar com um orçamento de US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 850 milhões.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU

Dica verde: o que fazer com as tampas de garrafas?

Aproveite as tampas de garrafá plástica para fechar saquinhos.

Uma ideia ecológica, para quem pensa nas pequenas ações que fazem a diferença na cultura da preservação do planeta!

Para selar um saco e torná-lo hermético!

Corte a garrafa de água descartável mantendo o gargalo e a parte superior



Insira o saco de plástico no gargalo e gire a tampa para fechar.



Esta é uma ótima idéia para compartilhar. Bom para nós e também para o meio ambiente.

Dica da Otimista Paula Costa

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

TJDFT oferece estágio a adolescentes em conflito com a lei

Desde esta segunda-feira (13/9), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) recebe 15 adolescentes em conflito com a lei para realizarem estágio de nível médio na instituição. A medida, que é realizada por meio da Secretaria-Geral da Presidência e da Rede Solidária Anjos do Amanhã, visa a colocar em prática um acordo de cooperação assinado entre a 1ª Vara da Infância e da Juventude do DF e órgãos do Poder Judiciário, além de atender à recomendação nº 25, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O documento do CNJ, datado de 27 de outubro de 2009, recomenda aos tribunais a inserção em estágio de nível fundamental e médio ou prestação de serviços à comunidade, no âmbito dos órgãos jurisdicionais e entidades parceiras, de adolescentes em conflito com a lei ou sob a aplicação de medida de proteção.

Os adolescentes têm idades entre 16 e 21 anos, são integrantes da rede pública de ensino e recebem bolsa-auxílio no valor de R$ 400, mais vale transporte. Durante 20 horas semanais, desempenham atividades direcionadas e supervisionadas, que visem à sua profissionalização.

A triagem e seleção dos adolescentes, bem como seu acompanhamento e orientação, são feitos pela 1ª Vara da Infância e da Juventude do DF, por intermédio do programa Rede Solidária Anjos do Amanhã. Ao programa também caberá indicar o supervisor responsável pelos adolescentes e analisar o relatório de avaliação das atividades por eles desenvolvidas.
Além de promover a cidadania, a iniciativa visa priorizar as políticas de atendimento à infância e juventude, preconizadas pelo artigo 227 da Constituição Federal. Os adolescentes prestarão serviços na Vara de Execução Fiscal do Distrito Federal.

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Feira da Orquídea celebra Primavera com flores vivas e aromáticas

Há poucos dias da estação mais florida do ano, o CasaPark, junto à Sociedade Orquidófila de Brasília (SOB), celebra a chegada da Primavera com a XIII Festa Nacional da Orquídea, entre os dias 17 a 19 de setembro.

Segundo um dos organizadores do evento e presidente da SOB, Gustavo Queiroz, serão mais de cinco mil espécies nacionais e internacionais, que transformarão a praça central do shopping em um espaço colorido, vivo e perfumado. “Entre os destaques da mostra está a Cattleya nobilor, uma das mais belas e perfumadas orquídeas dentre as que vivem nas matas do cerrado do Planalto Central. Como esta é uma boa época de floração para esse tipo de orquidácea, haverá muitos exemplares expostos”, afirma.

A XIII Festa Nacional da Orquídea, que já se tornou tradição na cidade, conta com a participação de dez associações orquidófilas provenientes de Anápolis (GO), Araguari (MG), Catalão (GO), Rio Verde (GO), Goiânia (GO), Iporá (GO), Jataí-(GO), Piracanjuba (GO), Uberlândia (GO) e Pires do Rio (GO), que somam cerca de vinte expositores. “Para a venda, seis produtores de São Paulo e Goiás vão oferecer uma infinidade de tipos de orquídeas a preços que variam de R$ 5,00 a R$ 3.000,00, dependendo da sua raridade”, comenta o organizador.

Aberta ao público em geral, a feira propõe a experiência única de conhecer espécies raras de orquidáceas. Para produtores, colecionadores, estudiosos e admiradores das formosas orquídeas, a SOB oferecerá minicurso gratuito e rápido, ministrado pela engenheira agrônoma Leah Andreoli. “A profissional dará dicas de cultivo para quem deseja começar sua coleção”, informa Gustavo. O evento traz ainda especialistas que informarão de maneira didática e simples como reconhecer uma planta de boa qualidade, seus principais inimigos naturais ou artificiais e métodos de conservá-las e reproduzi-las.

Os visitantes poderão ainda eleger a orquídea mais bonita da exposição. Em um patamar mais profissional, a feira terá uma mostra competitiva. Os juízes são coordenados pela Federação Orquidófila do Cerrado (Focer), que estão habilitados a julgar a planta quanto a alguns quesitos: floração, aparência, saúde fitossanitária, quantidade de flores e qualidade das flores.

A mostra, que aparece como evento obrigatório no calendário turístico de Brasília, nesta edição, atuará também como espaço cultural trazendo O “Recital da Primavera”. Um quarteto de cordas, com direção artística do maestro Daniel Kacowicz, fará uma apresentação especial. “Composições de Vivaldi e Mozart que remetem à ligação com a fauna e flora farão parte do repertório”, conta o maestro.

Serviço
XIII Festa Nacional da Orquídea
Local: Shopping CasaPark
Horário:- Sexta-feira, dia 17, das 10 às 22h. Sendo o início da mostra competitiva a partir das 17h (após o julgamento).- Sábado, dia 18, das 10h às 22h. - Domingo, dia 19, das 12h às 22h
MinicursosMinistrado por Leah AndreoliSábado, dia 18, das 15h às 17hDomingo, dia 19, das 15h às 17h

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Deficientes visuais descobrem pelo tato como são os animais expostos

As crianças, em meio a animais empalhados do Museu de Taxidermia, puderam tocá-los: sensações nunca antes experimentadas ajudam a formar uma imagem visual Passear pelo Zoológico de Brasília nunca foi tão divertido para um grupo de crianças deficientes visuais. Ontem pela manhã, 16 meninos e meninas entre quatro e 11 anos do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais enfrentaram mais uma prova de coragem. Mesmo com as limitações visuais, eles arriscaram passar a mão em animais como girafas, tartarugas e até em serpentes vivas. Tudo foi feito com a supervisão de monitores experientes do zoo. O Museu de Taxidermia, onde 420 animais estão empalhados, foi o último espaço por onde as crianças passaram e experimentaram emoções nunca antes vividas. No local, os pequenos tocaram uma onça, um jacaré, um lobo-guará e um papagaio, entre outros espécies.

Wesley Lima Dias, 7 anos, era um dos mais animados. Um dia antes da visita, ele demonstrou empolgação, mas na hora de tocar nos bichos ficou receoso. O medo, entretanto, durou poucos minutos: Wesley resolveu se soltar e segurar firmemente um jacaré empalhado. Depois de perceber que ele não podia lhe fazer mal nenhum, o menino não hesitou em passar os dedos entre os dentes afiados do réptil. Wesley perdeu a visão aos cinco anos, por causa de um tumor maligno originário de células da retina chamado retinoblastoma. Morador de Águas Lindas de Goiás, ontem foi a primeira vez que Wesley esteve em um zoológico. Para sua mãe, a dona de casa Ivaneide Batista Dias, 33, a experiência não poderia ser melhor. “Ele estava muito ansioso para pegar na onça, mas quando chegou aqui (no zoológico), ficou com muito medo. Mesmo assim, pegou nela”, contou Ivaneide.

Para o monitor Matheus Reino, 22 anos, o toque nos animais permite a formação de imagens no cérebro das crianças. “Muitos sabem o que é um gato ou um cachorro porque estão sempre convivendo com eles em casa, mas a girafa só dá para saber que é grande. Não dá para tocar”, comparou. “O deficiente visual, quando toca algo, passa do abstrato para o concreto. Passa a ter uma imagem real em sua cabeça”, explicou a professora de atividades do colégio, Cláudia Maria Rodrigues de Souza.

Outra criança que estava sorridente era a pequena Sara de Oliveira Ferreira, 6 anos. Ela contou as patas do lobo-guará. “Um, dois, três, quatro”, enumerou, enquanto tocava cada membro do animal. Adriel de Azevedo, 5 anos, e Gustavo Cotrim de Assis, 4, não desperdiçaram nenhum momento ao lado da onça. Posaram para fotos e acariciaram o felino empalhado da cabeça aos pés. “Ele é peludo”, resumiu Adriel, timidamente. “Queria levar um desses para mim”, disparou outro coleguinha que acariciava um papagaio. Segundo a coordenadora de educação infantil do centro de ensino especial, o passeio teve cunho pedagógico e social. “Para eles é muito importante tocar no animal para poder formar uma imagem visual. Até então, tudo era abstrato. Foi um aprendizado muito grande, com certeza”, destacou.

Projeto ToqueA visitação de adultos e crianças portadores de necessidades especiais ao Zoológico de Brasília ocorre todos os meses. São grupos de 50 a 100 pessoas que circulam livremente pelo espaço onde podem ser vistos animais de várias espécies. O Museu de Taxidermia surgiu há seis anos com o Projeto Toque, elaborado pela direção do zoológico para atender o público deficiente visual. “A gente leva a pessoa para áreas onde o visitante comum não tem acesso. O museu permite transmitir algumas informações sobre animais silvestres a quem tem alguma dificuldade visual”, explicou o diretor do zoológico, Raul Gonzales.

Segundo ele, várias experiências positivas foram verificadas ao longo do projeto. “Eu já fui testemunha de um deficiente visual que pediu para desenhar um tamanduá-bandeira sem tocar no animal. O desenho saiu sem sentido algum. Depois de tocar o tamanduá, ele pediu para desenhar de novo e a imagem saiu completamente diferente da primeira”, contou Gonzales.
Para melhorar ainda mais as condições de visitação, até o fim deste mês, o zoológico ganhará dois grandes mapas em Braille para ajudar a orientar os deficientes visuais. Cada um, ao custo de R$ 1 mil, foi feito de resina por uma empresa especializada de Brasília. Por meio do tato, os deficientes visuais poderão saber onde estão todos os bichos. Um desses mapas ficará logo na entrada e outro, no meio do parque.

Mara Puljiz
Correiobraziliense.com.br

Grupo Corpo encerra na cidade turnê que comemora 35 anos de vida da trupe

O grupo de dança é reconhecido internacionalmente por sua originalidade e suas coreografiasCorria o ano de 1975 quando uma família mineira, junto com amigos igualmente entusiasmados, decidiu criar um grupo de dança. A primeira sede foi o casarão onde o clã vivia, no Bairro da Serra, em Belo Horizonte. Hoje, exatos 35 anos depois, a família Pederneiras se tornou referência no cenário artístico internacional e a companhia que criou, o Grupo Corpo, virou inspiração inconteste para fãs de dança. Para celebrar o aniversário, o grupo decidiu excursionar por São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro e encerrar o périplo em Brasília, onde se apresenta, de quinta a domingo, na Sala-Villa Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro.

O programa é composto por dois espetáculos: Imã, coreografia que estreou no ano passado, e Lecuona, sucesso de 2004 escolhido por internautas. “Temos um público cativo e fiel. Decidimos ser democráticos e deixar que eles escolhessem”, destacou o coreógrafo e um dos criadores do grupo Rodrigo Pederneiras.

Imã surgiu a partir de um texto do antropólogo Roberto da Matta e propõe uma mistura de luminosidade e leveza. Investindo em formações fugazes, o espetáculo trabalha contrastes, passando do cheio ao vazio, da união à dispersão, da atração à repulsa. A iluminação é um dos pontos mais importantes da construção cênica: potentes refletores de LEDs de sete cores, capazes de reproduzir inúmeras tonalidades foram usados, pela primeira vez, nesta montagem. A trilha sonora foi composta pelo trio +2, formado por Domenico, Kassin e Moreno.

Já Lecuona é o retrato de um amor derramado, feito de ciúme, volúpia, saudade e muito drama. Envergando trajes de gala e vestidos esvoaçantes, os pares circulam por entre cubos luminosos e protagonizam um pas-de-deux com duração de 38 minutos. “Além de ser um espetáculo recente, ainda presente na memória, é uma das peças mais emotivas da nossa trajetória. Muitas pessoas choram”, comenta Pederneiras. A inspiração surgiu das canções de Ernesto Lecuona, considerado um ícone da música cubana. Esse espetáculo, por sinal, marca a exceção que o grupo abriu ao mestre latino. Desde 1992, as trilhas sonoras são especialmente compostas para as coreografias.

Dos ensaios no quintal de casa aos palcos mais refinados do planeta, o grupo criou mais de 30 espetáculos e atravessou momentos variados. No começo, era preciso contar com o empenho dos colaboradores, com destaque para o coreógrafo argentino Oscar Araiz, responsável pelos primeiros passos do Corpo. Quando a família começou a assumir o lado artístico das peças, decidiu investir nos clássicos como trilha sonora. “Afinal, foi isso que ouvi a vida inteira”, afirma Pederneiras.

Mariana Moreira
Correioweb.com.br

Luciana Oliveira apresenta repertório de seu primeiro disco

Cantora faz show de graça na beira da piscina do hotel Royal TulipAs atrações do projeto Encantadoras desta semana são duas cantoras e compositoras brasilienses que atualmente moram em São Paulo e vêm ganhando o mundo com seus discos de estreia. Luciana Oliveira, que, nesta quinta-feira, faz show de graça na beira da piscina do Royal Tulip Brasília Alvorada Hotel, lançou o CD O verde do mar em 2008 e já o levou a países como Portugal, França, Argentina, Uruguai e Japão. Ligiana, que no último ano vem apresentando seu De amor e mar em palcos distantes — de São Paulo a Senegal, de Garanhuns a Bulgária — traz o show do disco pela primeira vez à cidade, na sexta-feira, no Teatro Oi Brasília. “Estou na maior expectativa de cantar pros meus, pro meu cerrado, pra minha cidade. Fico feliz, me sinto acolhida e agradecida”, diz Ligiana.

As duas têm o samba como base de seus trabalhos. Hoje, em seu “luau” à beira da piscina, Luciana receberá Ligiana e o violonista João Ferreira. Na sexta, Ligiana retribuirá o convite, chamando Luciana para dividir uma canção com ela, e o gaitista Pablo Fagundes para tocar Onda. “A terceira participação é surpresíssima”, brinca.

Para Luciana Oliveira, são vitais o cheiro, o barulho da correnteza e a força da água. Como uma Oxum (orixá dos rios e das cachoeiras), ela ocupa a beira do Paranoá para interpretar temas de disco solo, que flertam com samba, afoxé, funk e soul. Será uma noite especial para a intérprete brasiliense radicada em São Paulo. Cheia de saudades da terra, ela canta para espantar o banzo, mas está feliz em conquistar, com propriedade, o lugar que lhe cabe na Pauliceia disputada centímetro a centímetro.
— Às vezes, está calor em São Paulo e sinto uma vontade imensa de fazer uma trilha e depois mergulhar nas piscinas da Água Mineral. Sinto saudades da minha família e dos amigos e tenho um cuidado de não perder a minha ligação com a cidade, afinal acho importante preservar as origens. Por isso, sempre que posso venho a Brasília renovar as energias, conta.
Luciana Oliveira está excitada com a ideia de o show ser de graça, na piscina e com o lago à vista. Ela estará acompanhada de banda formada pelo violonista e guitarrista alagoano Rafa Moraes, pelos paulistanos Jairon Black (baixo) e Nenê (bateria) e pelo pernambucano Maurício Alves (percussão).

— Essa mistura de povos se reflete na minha própria formação, pontua.

Há um ano e meio em São Paulo, onde conquista gradativamente espaço e público, Luciana Oliveira já tocou em alguns lugares bem conceituados, como a Casa das Caldeiras e a Sala Crisantempo. No repertório do disco, canções originais e sucessos que dialogam com seu repertório fincado em raízes negras. É bom aproveitar porque a cantora já está aconchegada em Sampa.

— Estou com a minha vida estruturada em São Paulo e gosto da praticidade da cidade, de não depender de carro, por exemplo. Por incrível que pareça, faço muito mais coisas a pé agora. São Paulo me deu uma nova dimensão de como pensar minha carreira e é a cada dia um mundo que se revela aos meus olhos, sintetiza.

Sérgio Maggio
Correioweb.com.br

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pele artificial para robôs é capaz de sentir pressão

Uma nova "pele" artificial feita de materiais semicondutores flexíveis pode sentir toques, o que torna possível criar robôs com toque delicado o suficiente para segurar um ovo, anunciaram pesquisadores norte-americanos no domingo.

Os cientistas vêm há muito tempo enfrentando problemas para descobrir maneiras de tornar dispositivos robóticos capazes de ajustar o volume de força necessário para segurar e utilizar diferentes objetos. Os materiais sensíveis à pressão foram criados para superar esse desafio,
"Os seres humanos em geral sabem como segurar um ovo sem quebrá-lo", disse Ali Javey, engenheiro elétrico da Universidade da Califórnia em Berkeley, que comandou uma das duas equipes que publicaram as descobertas em artigo para a revista Nature Materials.

"Se você já quis um robô capaz de tirar a mesa, por exemplo, o ideal seria que nós o tornássemos capaz de não quebrar os cálices de vinho. Mas também gostaríamos que ele fosse capaz de segurar uma panela de ferro sem derrubá-la", afirmou Javey em comunicado.

A equipe de Javey descobriu um modo de produzir "nanocabos" ultrafinos, com uma liga de silício e germânio. Os cabos desse material são formados na parte externa de um tambor cilíndrico, e depois transferidos a uma película adesiva que os recebe em padrão uniforme.

As folhas dessa película semicondutora são então revestidas por uma camada de borracha sensível à pressão. Testes do material demonstraram que ele consegue distinguir entre diversas escalas de força, da usada para digitar em um teclado até a usada para segurar um objeto.

Uma segunda equipe liderada por Zhenan Bao, engenheiro químico da Universidade Stanford, na Califórnia, usou uma abordagem diferente, produzindo um material tão sensível que é capaz de detectar uma borboleta pousada sobre ele.

Os sensores de Bao foram produzidos pela produção de camadas alternadas de borracha elástica moldada de forma precisa e posicionadas entre dois eletrodos, em uma estrutura regular composta por pequenas pirâmides.

"Nós moldamos uma espécie de microestrutura que incorpora alguns bolsões de ar", disse Bao em entrevista por telefone. "Por conta dos bolsões de ar, o material retoma a forma original depois de pressionado."

Folha.com.br

Entidades lançam campanha sobre uso da cadeirinha

A Fundação Thiago de Moraes Gonzaga e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) juntaram forças para aumentar a proteção de bebês e crianças no trânsito. As duas entidades lançam nesta segunda-feira, 13, às 14h30, na sede do Simers (Rua Corte Real, 975 – no 3º andar), em Porto Alegre, a campanha “Cadeirinha: a segurança do seu filho está em suas mãos”. A iniciativa incentivará o comportamento seguro e instruirá os pais de que a melhor atitude é a segurança da cadeirinha ou outros instrumentos de retenção equivalentes.

A ação também se estenderá aos profissionais de maternidades públicas e privadas, além de unidades de saúde, para que sejam verdadeiros “veículos” da conscientização dos motoristas. Pesquisas comprovam que o uso dos equipamentos reduz em mais de 70% dos riscos de traumas em acidentes, que são a maior causa de mortes de crianças até 14 anos. No lançamento, que terá presença de representantes da categoria médica e hospitais, serão apresentadas as atividades da campanha. Públicos de todas as faixas de renda serão atingidos pela ação.

Segundo a presidente da Fundação, Diza Gonzaga, a campanha dará um passo além do simples cumprimento da legislação de trânsito que impõe o uso da cadeirinha e já em vigor. “Vamos passar a mensagem de valorização e cuidado da vida num momento em que os pais se preparam para receber seu presente mais especial: os filhos”.

A secretária-geral do Simers e pediatra, Ana Maria Martins, ressalta que a meta é mostrar que a saúde também envolve a segurança dentro dos veículos. “Uma criança só será saudável completamente se ela estiver protegida adequadamente no deslocamento da maternidade até sua casa”, orienta Ana Maria. As duas entidades vão alertar que o transporte dos filhos no carro é tão importante quanto a velocidade do veículo e as condições de ruas, avenidas e estradas.

Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, reforçam a preocupação com a formação dos pais: hoje uma em cada duas famílias tem carro, e a frota de veículos em circulação no Estado cresceu mais de 30% entre 2007 e 2010. São 5 milhões de automóveis no trânsito. A inserção das classes C e D no mundo do consumo, tornando mais viável a compra do primeiro carro, ajudou a turbinar a frota.

Pautasocial.com.br

Exame de sangue pode detectar Alzheimer, diz estudo


Um exame de sangue simples pode ser capaz de diagnosticar o mal de Alzheimer, disseram pesquisadores dos Estados Unidos na segunda-feira, numa descoberta que pode ampliar a detecção da doença.

O mal de Alzheimer, a forma de demência mais comum que existe, afeta pelo menos 26 milhões de pessoas no mundo todo. Não há cura, mas o tratamento paliativo apresenta melhores resultados se for iniciado prematuramente.

Outras equipes já haviam descoberto um diagnóstico precoce a partir do fluido vertebral, o que exige uma punção na coluna, procedimento que pode ser doloroso. Além disso, empresas especializadas em diagnóstico por imagem estão concluindo os testes de novos agentes capazes de tornar as placas (lesões) cerebrais visíveis em tomografias, um recurso disponível apenas em centros especializados.

Um exame de sangue tornaria o diagnóstico muito mais simples, segundo Sid O'Bryant, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Texas Tech, em Lubbock.

"Um exame sanguíneo abre acesso a todos. Qualquer clínica pode fazer isso. Até mesmo enfermeiras de cuidados domésticos podem fazer", disse O'Bryant, cujas conclusões foram publicadas na revista "Archives of Neurology".

A doença atualmente é diagnosticada pelos sintomas, e só pode ser confirmada por exames cerebrais após a morte.

Segundo O'Bryant, tentativas anteriores de fazer diagnósticos do mal de Alzheimer pelo sangue se mostraram falhas.

O novo exame busca mais de cem proteínas e combina isso com informações sobre os pacientes, inclusive se eles são portadores de um gene de risco para o Alzheimer, chamado APOE4. Uma análise informatizada então estabelece o grau de risco do paciente.

"Nossa taxa geral de sucesso em detectar portadores do mal de Alzheimer é de 94%. Mas o acerto total em classificar os que não têm o mal de Alzheimer é de 84%" disse o cientista.

O próximo passo será ver se o teste pode prever quem vai desenvolver o Alzheimer. O teste do fluido vertebral parece ser capaz de fazer isso.

Um outro estudo na mesma publicação, liderado por David Geldmacher, do Sistema de Saúde da Universidade da Virginia, avaliou se o medicamento pioglitazone, usado contra diabetes, pode combater a inflamação que causa a morte de células cerebrais em pacientes com Alzheimer.

Geldmacher alertou que ainda é preciso aprofundar o estudo, e que pesquisas mais amplas com drogas da mesma classe não confirmaram nenhum benefício na terapia do mal de Alzheimer.

Folha.com.br

Bailarinos da Sankai Juku apresentam espetáculo inédito no Brasil

A companhia japonesa Sankai Juku retorna ao Brasil e faz curtíssima temporada de Tobari - Como num Fluxo Inesgotável", espetáculo inédito no país, no Teatro Alfa, zona sul de São Paulo, de terça (14) a quinta-feira (16).

No palco, oito bailarinos encenam a coreografia de sete atos de Ushio Amagatsu, bailarino e fundador do grupo, que evoca a passagem do tempo, com música de Takashi Kako, Yas-Kas e Yochiro Yoshikawa, pela Temporada de Dança do Teatro Alfa.

Integrante da segunda geração do movimento butô, o grupo, formado exclusivamente por homens com cabeças raspadas e corpos cobertos de pó branco, busca o equilíbrio entre corpo e mente.

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Festival Sampa Jazz reúne brasileiros com holandeses e marroquinos

De sexta-feira (17) a domingo (19), ocorre a terceira edição do festival Sampa Jazz no Auditório Ibirapuera. O evento reúne artistas da Holanda, Marrocos e Brasil, no mesmo palco.

Na sexta, a banda de jazz holandesa The Ploctones, liderada pelo guitarrista Anton Goudsmit, se apresenta ao lado do convidado especial Rappin' Hood.

No sábado (18), é a vez da Jan Akkerman Band mostrar o novo trabalho do célebre guitarrista holandês (ex-integrante do grupo Focus) que dá nome ao grupo. Os marroquinos do Imourane Quartet se encontram com o Grupo Benjamim Taubkin, formado por Lula Alencar (acordeão e piano), Ari Colares (percussão e voz), Benjamim Taubkin (piano) e João Taubkin (baixo) no domingo (19).

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Estudantes soltam a imaginação durante encontro com poetas na escola


O encontro durou pouco mais de meia hora. O vento amenizava o calor corriqueiro na capital federal na tarde de ontem. Com olhares atentos e sentados no pátio de cimento, 24 alunos da 4ª série da Escola Classe Granja do Torto observaram três poetas de Brasília declamar. Estavam lá Nicolas Behr, Luis Turiba e Amneres Santiago, integrantes do grupo OIPoema, patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC). “Para ser poeta é preciso três coisas. Alguém sabe o quê?”, Nicolas perguntou, logo de cara, para as crianças. “De imaginação”, respondeu uma moça da última fileira. “De rima”, emendou o coleguinha ao lado. “Todas as opções estão corretas, mas faltou o papel”, disse o poeta. “E do lápis”, apressou-se a dizer um outro aluno sentado no canto esquerdo do pátio. Então, para ser poeta, é preciso, na verdade, quatro coisas: imaginação, rima, papel e o lápis. A brincadeira rolou solta.

Durante a visita, as crianças deram gargalhadas, ouviram, tiraram dúvidas e recitaram poemas criados por elas mesmas. A maioria resolveu criar textos em cima do tema mosquito da dengue, doença que tem afetado muitas famílias da região. Maria, 9 anos, levantou-se e deu o recado: “Se deixar água parada, vai se meter em uma cilada”. Júlia Vitória, 10 anos, também estava inspirada, mas deixou o Aedes Aegypti de lado. Romântica, a menina preferiu recitar para os colegas um breve trecho que escreveu há dois meses, enquanto estava em casa: “Gosto da lua, gosto do luar, gosto de você em primeiro lugar”.

O motivo da visita foi a vontade dos poetas de disseminar o gosto pela leitura. O grupo OIPoema tem passado por várias escolas públicas do Distrito Federal e aumentado o acervo das bibliotecas com livros que muitas vezes ficam engavetados na Secretaria de Cultura. Também fazem parte do projeto Angélica Torres Lima, Cristiane Sobral e Bic Prado, além do designer Luis Eduardo Resende. Todos eles adotaram uma escola das regiões administrativas de Planaltina, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Itapoã, Park Way e Varjão. Em 31 de agosto, Luis Turiba adotou a Escola Classe da Vila Buritis, em Planaltina, onde conheceu a sala de leitura das crianças. Ele levou livros próprios e de outros autores para enriquecer a biblioteca do colégio.

Autoestima
Para o poeta, historiador e escritor Nicolas Behr, a poesia significa uma semente plantada no coração dos pequenos. “Talvez um dia algum deles vire um escritor. A poesia melhora a autoestima e a arte educa. Formar leitores é fundamental para a educação no nosso país”, defendeu o autor de inúmeros livros que revelam Brasília como musa inspiradora para a criação de seus poemas. Para Amneres Santiago, o incentivo à leitura significa ainda proporcionar o exercício da cidadania. “As crianças têm sede de contato com a arte, mas ainda faltam experiências que ajudem a complementar a educação básica”, acredita.

A Escola Classe Granja do Torto foi o quarto estabelecimento de ensino visitado pelos poetas. Segundo a diretora Danielle Vieira Salles, a presença dos poetas desperta nos alunos um interesse maior pelos livros. “É muito importante quando eles têm oportunidade de viver experiências desse tipo. As crianças costumam ler obras de vários escritores, mas dificilmente têm contato com eles. Quando elas souberam que os poetas viriam para a escola, ficaram muito ansiosas”, ressaltou. E a curiosidade das crianças fez o tempo passar despercebido. Os 30 minutos de poesia trouxeram sorrisos e a vontade de um dia se tornar um escritor famoso para colocar no papel todas as coisas que trazem inspiração. A despedida foi com a música O voo da juriti(1), de Aldo Justo e Paulo Tovar. No pátio, as crianças ficaram de pé e cantaram com o coração e com as mãos erguidas, de braços abertos para dar asas à imaginação. Que surjam daí os escritores do futuro.

Mara Puljiz
Correiobraziliense.com.br

Empresa italiana vai construir três parques eólicos na Bahia


O Enel Green Power, grupo da empresa de energia elétrica italiana Enel, venceu leilão para a construção de três parques eólicos para gerar um total de 90 megawatts na Bahia, informou nesta sexta-feira (3) em nota a companhia.

Com uma capacidade instalada de 30 MW cada um, Cristal, Primavera e São Judas, como se chamarão estes três parques, serão capazes de gerar mais de 390 mil MWh anuais, o que é igual ao consumo de aproximadamente 245 mil lares brasileiros e evitar a emissão de cerca de 270 mil toneladas de CO2 na atmosfera, acrescenta o Enel.

Os parques eólicos serão construídos na Bahia e, devido a sua situação semiárida, aproveitará os incentivos dirigidos ao desenvolvimento da infraestrutura, acrescentou a empresa.
Segundo a elétrica, os três parques eólicos começarão a operar na segunda metade do ano de 2013.

O Enel também adquiriu o direito a assinar um contrato de 20 anos para vender a eletricidade gerada das três fábricas através da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica a um preço indexado a 100% da inflação brasileira.

"Este resultado é muito importante para nós, dadas as excelentes qualidades de nossos projetos em termos de produtividade, competitividade de custo e retorno sobre investimento," disse Francesco Starace, Presidente do Enel Green Power.

"Além disso, estamos reforçando nossa presença no Brasil, [...] expandindo também nossa atividade na geração de energia. O Brasil é um grande mercado com recursos renováveis abundantes, e com uma demanda de energia que reflete uma economia em contínuo desenvolvimento", acrescenta Starace.

DA EFE, EM ROMA
Folha.com.br

Estamos de volta!

Caros leitores, desculpem-nos pela ausência de notícias na última semana, mas estávamos de (merecidas) férias.
Hoje retomamos o ritmo normal.
Obrigados pela sua visita.