Pesquisadores brasileiros iniciaram um estudo clínico experimental para testar a segurança de uma vacina tetravalente (que inclui os quatro tipos de vírus) contra a dengue em crianças.
A pesquisa está sendo conduzida pela Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) e é patrocinada pelo laboratório Sanofi-Pasteur, que estuda o desenvolvimento de uma vacina há dez anos.
De acordo com o infectologista Reynaldo Dietze, responsável pela condução do estudo no Brasil e diretor do Núcleo de Doenças Infecciosas da Ufes, 150 voluntários de nove a 16 anos receberão três doses da vacina em intervalos de seis meses.
Após o término das doses, esses voluntários serão acompanhados por mais seis meses para avaliar possíveis efeitos colaterais (como dor local e dor de cabeça) e também a produção de anticorpos contra os quatro vírus.
A escolha do público infantil para a testagem da vacina não aconteceu por acaso. Desde 2006 os casos graves de dengue passaram a ser mais comuns em pessoas com menos de 15 anos. Hoje elas representam 25% do total de casos, enquanto há 10 anos não chegavam a 2%.
Além disso, as vacinas eficazes na população infantil costumam funcionar bem entre os adultos, diz Fernando Noriega, vice-presidente de Desenvolvimento Clínico da Sanofi-Pasteur.
ARMADILHAS
Neste primeiro momento o estudo está acontecendo em Vitória. A cidade foi escolhida, segundo Dietze, porque a prefeitura mantém um programa intenso de monitoramento da doença com 1.400 armadilhas espalhadas por todos os bairros da cidade.
Essas armadilhas atraem as fêmeas do mosquito e elas são enviadas para análise em laboratório. Assim, é possível saber quais fêmeas estavam infectadas com dengue e por qual sorotipo do vírus.
"Esses dados ajudam a prefeitura a focar as medidas de controle, pois é possível saber em quais bairros têm mais mosquitos e quais bairros possuem mais mosquitos infectados", diz Dietze.
Após a conclusão dessa fase do estudo, se comprovada a segurança da vacina, o laboratório dará continuidade ao estudo incluindo quatro capitais endêmicas e envolvendo 8.000 voluntários.
A previsão é que os resultados preliminares do estudo saiam até o final de 2012, mas não há prazo para a vacina chegar ao mercado.
FERNANDA BASSETTE
Folha.com.br
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