Cantora faz show de graça na beira da piscina do hotel Royal TulipAs atrações do projeto Encantadoras desta semana são duas cantoras e compositoras brasilienses que atualmente moram em São Paulo e vêm ganhando o mundo com seus discos de estreia. Luciana Oliveira, que, nesta quinta-feira, faz show de graça na beira da piscina do Royal Tulip Brasília Alvorada Hotel, lançou o CD O verde do mar em 2008 e já o levou a países como Portugal, França, Argentina, Uruguai e Japão. Ligiana, que no último ano vem apresentando seu De amor e mar em palcos distantes — de São Paulo a Senegal, de Garanhuns a Bulgária — traz o show do disco pela primeira vez à cidade, na sexta-feira, no Teatro Oi Brasília. “Estou na maior expectativa de cantar pros meus, pro meu cerrado, pra minha cidade. Fico feliz, me sinto acolhida e agradecida”, diz Ligiana.
As duas têm o samba como base de seus trabalhos. Hoje, em seu “luau” à beira da piscina, Luciana receberá Ligiana e o violonista João Ferreira. Na sexta, Ligiana retribuirá o convite, chamando Luciana para dividir uma canção com ela, e o gaitista Pablo Fagundes para tocar Onda. “A terceira participação é surpresíssima”, brinca.
Para Luciana Oliveira, são vitais o cheiro, o barulho da correnteza e a força da água. Como uma Oxum (orixá dos rios e das cachoeiras), ela ocupa a beira do Paranoá para interpretar temas de disco solo, que flertam com samba, afoxé, funk e soul. Será uma noite especial para a intérprete brasiliense radicada em São Paulo. Cheia de saudades da terra, ela canta para espantar o banzo, mas está feliz em conquistar, com propriedade, o lugar que lhe cabe na Pauliceia disputada centímetro a centímetro.
— Às vezes, está calor em São Paulo e sinto uma vontade imensa de fazer uma trilha e depois mergulhar nas piscinas da Água Mineral. Sinto saudades da minha família e dos amigos e tenho um cuidado de não perder a minha ligação com a cidade, afinal acho importante preservar as origens. Por isso, sempre que posso venho a Brasília renovar as energias, conta.
Luciana Oliveira está excitada com a ideia de o show ser de graça, na piscina e com o lago à vista. Ela estará acompanhada de banda formada pelo violonista e guitarrista alagoano Rafa Moraes, pelos paulistanos Jairon Black (baixo) e Nenê (bateria) e pelo pernambucano Maurício Alves (percussão).
Luciana Oliveira está excitada com a ideia de o show ser de graça, na piscina e com o lago à vista. Ela estará acompanhada de banda formada pelo violonista e guitarrista alagoano Rafa Moraes, pelos paulistanos Jairon Black (baixo) e Nenê (bateria) e pelo pernambucano Maurício Alves (percussão).
— Essa mistura de povos se reflete na minha própria formação, pontua.
Há um ano e meio em São Paulo, onde conquista gradativamente espaço e público, Luciana Oliveira já tocou em alguns lugares bem conceituados, como a Casa das Caldeiras e a Sala Crisantempo. No repertório do disco, canções originais e sucessos que dialogam com seu repertório fincado em raízes negras. É bom aproveitar porque a cantora já está aconchegada em Sampa.
— Estou com a minha vida estruturada em São Paulo e gosto da praticidade da cidade, de não depender de carro, por exemplo. Por incrível que pareça, faço muito mais coisas a pé agora. São Paulo me deu uma nova dimensão de como pensar minha carreira e é a cada dia um mundo que se revela aos meus olhos, sintetiza.
Sérgio Maggio
Correioweb.com.br
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