Doar um pouco de tempo a atividades voluntárias é uma iniciativa legal!
Jovem gaúcho de 18 anos deixa a carreira de modelo, muda-se para Brasília e passa a dedicar a maior parte de seu tempo ao trabalho voluntário em uma instituição que cuida de idosos
O cientista e agrônomo americano George Washington Carver, certa vez, disse que “a distância que você consegue percorrer na vida depende da sua ternura para com os jovens, da compaixão pelos idosos, da solidariedade com os esforçados e da tolerância para com os fracos e os fortes, porque chegará o dia em que você terá sido todos eles.” Partindo desse princípio, Juliano Lenner tem centenas de quilômetros pela frente. Com apenas 18 anos, o jovem de Uruguaiana, extremo oeste do Rio Grande do Sul, já tem quatro de intensa experiência em trabalho voluntário e encara a ajuda que presta a idosos, usuários de drogas, crianças carentes e pessoas que vivem com HIV/Aids como um projeto de vida.
O despertar de Juliano para o voluntariado aconteceu em um universo bastante diferente da caridade. Sua altura e porte físico — hoje ele tem 1,89m — o puxaram para o mundo da moda. Certa vez, após um desfile, uma senhora lhe disse que ele também era responsável pelo futuro do Brasil. “Lembro que passei muito tempo pensando nisso. Aí, um dia vi na televisão um político sendo acusado de corrupção e pensei: ‘Não quero ser como ele. Tenho que fazer alguma coisa’”, conta. Ele tinha 14 anos. Juntou-se a alguns colegas na escola e montou o grupo Mãos Amigas. “Atendíamos muitas vítimas de enchentes e famílias carentes. Distribuíamos sopa e compramos, com dinheiro do nosso bolso, barracas de lona para abrigar as pessoas.” O projeto deu tão certo que a escola abraçou a causa e toca as ações até hoje.
Só o Mãos Amigas não bastou. Juliano se juntou ao Grupo Uruguaianense de Apoio e Prevenção à Aids (Guapa). À época, o Guapa atendia cerca de 1.200 famílias de soropositivos, distribuindo cestas básicas e coquetéis de medicamentos. Como Uruguaiana faz fronteira com a Argentina, muitas parcerias foram firmadas entre ao grupo de Juliano e entidades de prevenção do HIV do país vizinho. “Não existe nada melhor do que ver uma pessoa sentir que alguém se importa com ela e que ela pode ter uma vida normal, mesmo tendo uma doença como a Aids”, avalia.
Cachê revertido
O contato de Juliano com os hermanos ia além do trabalho contra a Aids. Pelo menos cinco vezes ao mês, ele viajava até Buenos Aires, capital argentina, para desfilar ou fotografar para campanhas de publicidade. Os cachês eram bons: o modelo conseguia ajudar em casa e aos outros. Uma vez, durante uma sessão de fotos, comentou com sua agente que doaria todo o cachê para o Guapa. A reação da empresa que o contratou foi, para ele, surpreendente: “Eles aumentaram o meu cachê”.
Ariadne Sakkis
Correio Braziliense
Publicação: 19/04/2010 08:38
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