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terça-feira, 27 de abril de 2010

Soro brasileiro contra veneno de abelha ganha patente



Notícia interessante sobre os avanços das pesquisas brasileiras. Pena que não salvaria o menininho do "Meu primeiro amor"...


Um soro contra veneno de abelha desenvolvido no Brasil conseguiu a patente definitiva. É o primeiro do tipo no mundo e deve começar a ser produzido ainda neste ano pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Será distribuído aos hospitais públicos.
Ele serve para tratar pessoas atacas por enxames da espécie Apis mellifera, que é comum no país. Os pesquisadores do Instituto de Investigação em Imunologia (um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia) estão pesquisando agora se o soro serve também para espécies estrangeiras. É grande a chance de que isso aconteça, diz Keity Souza Santos, que dedicou o seu doutorado na USP a essa pesquisa. "Os principais elementos tóxicos do veneno têm muito em comum", diz ela.

Caso o soro seja utilizado no exterior, talvez Santos ganhe dinheiro por ele. Por enquanto, pela pesquisa ter sido desenvolvida com recursos públicos, a patente não tem fins lucrativos. Em 2008, a Folha noticiou que a substância estava entrando em fase de testes com humanos (assinantes do jornal ou do UOL podem ler aqui).
Até hoje, não existia tratamento para alguém que sofresse um grave ataque após ir mexer em uma colmeia. No máximo, era possível tratar os sintomas, como o inchaço, individualmente.

O soro resolve, portanto, as sérias complicações decorrentes de uma "overdose" de veneno que alguém pode ter após ser atacado por um enxame, mas não é eficiente em casos de alergia. Não salvaria a vida de Macaulay Culkin no filme "Meu Primeiro Amor", de 1991, portanto.

RICARDO MIOTO
da Reportagem Local

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