Coisas legais acontecem o tempo todo em nosso mundo. Por que cultivar assuntos tristes, pessimistas e violentos, se há tanta coisa interessante ao nosso redor? Por que não ter acesso a informações legais, iniciativas bacanas, notícias que mostram ações construtivas?
Este espaço busca reverter o "efeito noticiário" (aquela depressão que dá ao final de um telejornal, após lermos as manchetes na internet, ou após lermos um jornal qualquer). Aqui podem ser encontrados assuntos diversos que versam sobre temas alegres, construtivos, leves, bons e divertidos.
Você tem alguma coisa legal para compartilhar? É só enviar o conteúdo para omundoelegal@gmail.com. Todos estão convidados a participar e ajudar a reverter o "efeito noticiário".
Você vai ver como o mundo é muito legal!
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Entidades que combatem corrupção lançam site com candidatos ficha limpa
Londres inaugura hoje programa de aluguel de bicicletas públicas
Até agora, mais de 11 mil pessoas se registraram para usar as 5.000 bicicletas que estão sendo disponibilizadas em estações especiais em vários locais da cidade.
A organização Transport for London (TfL), que coordena o transporte da capital, disse que mais de 12.450 chaves foram entregues para que os londrinos que se cadastraram possam destrancar as bicicletas deixadas em mais de 330 estações.
As chaves custam 3 libras (R$ 8) e o aluguel das bicicletas varia de uma libra (R$ 2,7) por uma hora de uso até 50 libras (R$ 137) por 24 horas.
A TfL e a operadora Serco, que coordena o programa, esperam expandir o aluguel das bicicletas para usuários não registrados em um mês.
Casais gays poderão incluir companheiro no Imposto de Renda
O parecer é resultado de uma consulta feita por uma servidora pública que desejava incluir a companheira --isenta no Imposto de Renda-- como sua dependente. Com ela, abre-se precedente para outros casais na mesma situação.
Com base no princípio da isonomia de tratamento, o parecer afirma que a legislação prevê a inclusão de companheiros heterossexuais de uniões estáveis como dependentes no Imposto de Renda e que o mesmo deve ser garantido aos parceiros homoafetivos. "O direito tributário não se presta à regulamentação e organização das conveniências ou opções sexuais dos contribuintes (...) A afirmação da homossexualidade da união, preferência individual constitucionalmente garantida, não pode servir de empecilho à fruição de direitos assegurados à união heterossexual", diz o parecer.
A decisão ocorre após outros órgãos já terem se posicionado sobre o tema, apesar de não existir lei que reconheça formalmente a união estável de casais gays no Brasil.
Em abril, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que casais formados por homossexuais têm o direito de adotar filhos. Em junho de 2008, a Advocacia-Geral da União deu parecer favorável ao reconhecimento de união entre casais gays.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Longa refaz história da MPB a partir da grande final do festival de 1967
A final do 3º Festival da Música Popular Brasileira, exibida pela Record em 21 de outubro de 1967, ficou congelada na memória do público como um momento único.
Por meio dos arquivos da TV Record e de depoimentos de quem estava lá, o filme revê um momento que iria se provar fundamental para a forma que assumiria, a partir dali, a música brasileira.
Há Chico Buarque ("Roda Viva"), Caetano Veloso ("Alegria, Alegria"), Gilberto Gil ("Domingo no Parque") e Roberto Carlos ("Maria, Carnaval e Cinzas") a defender suas canções. E há todos eles a rememorar aquela noite.
"Eu era um fantasma no palco", diz Gil, que caiu de cama, em pânico, horas antes da apresentação.
É desses reencontros profundos com o passado que se constitui o filme. Fica claro que os diretores sabiam que muitos, como Caetano e Gil, tiveram suas falas sobre aquela noite banalizadas, tamanha a quantidade de entrevistas dadas a respeito.
Tinham também em mente que outros, como Chico e Roberto, dificilmente baixariam a guarda. "Era fundamental criar uma cumplicidade. Nós nos preparamos muitos e tentamos ser delicados, respeitosos", diz Calil.
Com isso, arrancaram de cada um momentos de graça, emoção e intimidade, como raras vezes se veem na tela.
"Ao ver o filme, assustei-me mais com suas revelações do que em me ver naquela agonia de não poder mostrar uma música", diz Sergio Ricardo que, impedido pelo público de cantar "Beto Bom de Bola", atirou a viola à plateia. O filme traz à luz a cena inteira, e não apenas a explosão. "Me sinto de alma lavada."
Há também um quê de acerto de contas no que sente Marília Medalha, que cantou, com Edu Lobo, "Ponteio", a grande vencedora da disputa de jovens gigantes.
"Fui espoliada após o festival, não só por pessoas da música, mas também por artistas do universo teatral", diz. "Com o AI-5 [1968], o negócio piorou muito. Num show com Vinicius [de Moraes], fui proibida de cantar 'Ponteio'. Não descobri se era por causa da música ou por saberem que tinha vínculos com presos políticos", diz.
A entrevista com Medalha, como dezenas de outras --entre elas as de Ferreira Gullar, Chico Anysio, Arnaldo Batista, Martinho da Vila--, ficou fora do corte final do filme. Estarão todos no DVD.
A opção de concentrar-se nas cinco primeiras classificadas faz com que cada canção seja vista de ponta a ponta. Por meio dessas imagens, o espectador não só conhece os maiores artistas da MPB quando jovens, como também visita os primórdios da TV. Ali, o cigarro em cena era tão natural quanto o jovem Chico, com 23 anos, apresentar-se de smoking.
Reutilizar sangue do próprio paciente em cirurgia pode reduzir custos
O uso do próprio sangue de um paciente, ou transfusão sanguínea autóloga, também reduz o risco de infecções e outras complicações associadas ao sangue doado, dizem os autores em seu artigo, publicado neste mês no "Archives of Surgery".
O custo geral de transfusões de sangue foi em média US$ 1.616 para pacientes que receberam transfusões autólogas, frente a US$ 2.584 para pacientes que só receberam produtos do banco de sangue, pois os pacientes que usaram seu próprio sangue exigiram apenas a metade das unidades de sangue do banco do que os outros pacientes, relata o estudo.
As estimativas de custos incluíram o custo agregado da coleta de sangue durante a cirurgia, que envolve sugar o sangue de hemorragias internas, coletá-lo num recipiente e passá-lo por um processo que separa e concentra as hemácias, que são então suspensas em solução salina e reinseridas no paciente.
Cirurgia de joelho ganha versão hi-tec
O objetivo é devolver a mobilidade ao joelho em casos de lesões nas articulações. Até agora, esse cálculo era feito a partir de exames de raio-X, com chances de erro.
O desgaste na cartilagem -causado por excessos na atividade física, acidentes, má formação etc.- acaba gerando uma sobrecarga na tíbia que, sem o amortecimento da cartilagem, se deforma.
Pacientes jovens não são candidatos à prótese, porque ela limita a atividade física. Nesses casos, recomenda-se a osteotomia -um corte no osso que realinha a posição do esqueleto, jogando o peso do corpo sobre a parte saudável. Isso pode retardar a colocação da prótese no joelho em dez anos.
Esse tipo de procedimento, que libera a pressão sobre a região desgastada, tem duas indicações principais: alivia a dor, quando a pessoa já enfrenta limitações, e evita que o osso se desgaste, quando ainda não há sintomas.
Até agora, o cirurgião decidia como fazer esse alinhamento a partir de cálculos.
Na nova técnica, chamada osteotomia por navegação, um equipamento reproduz no computador a perna e as articulações do paciente.
PRECISÃO MILIMÉTRICA
Em tempo real, o equipamento vai orientando a posição dos cortes a serem feitos e os ângulos entre os ossos.
"O sistema permite calcular o alinhamento com precisão de milímetros, o que faz a diferença", diz Waldo Lino Júnior, ortopedista que lidera o grupo da Beneficência Portuguesa que fez a segunda cirurgia do tipo no país (a primeira, dias antes, foi no Rio).
Um pequeno desvio basta para deixar a perna torta ou piorar a dor do paciente. "Temos meios de saber se a informação dada pelo equipamento está certa", diz Fabiano Nunes Faria, cirurgião da mesma equipe.
"Os resultados com a cirurgia tradicional são muito bons, mas essa é uma técnica inovadora, que vai ajudar a melhorar mais ainda o procedimento", diz Denys Aragão, do comitê de joelho da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Mas, segundo ele, os pacientes devem ser muito bem selecionados: não podem ser obesos e devem ter desvio de alinhamento, por exemplo.
Anima Mundi chega a São Paulo com 452 filmes de 52 países
Criado em 1993, o festival chega à sua 18ª edição com 452 filmes de 52 países --108 do Brasil--, que serão exibidos até 1º/8. As sessões ocorrem no Memorial da América Latina e no Centro Cultural Banco do Brasil.
Uma das novidades deste ano é a sessão Panorama Documentário, dedicada ao gênero, que inclui seis filmes, com temas que vão de artesanato na Índia à Guerra do Iraque.
"Você está falando de uma coisa que é verdade, e as imagens em animação podem retratar além da realidade", explica Marcos Magalhães, um dos diretores do festival.
Para a edição de 2011, Magalhães prevê ocupar uma sala 3D na mostra. "Ninguém vai conseguir escapar", diz ele. Neste ano, haverá uma única exibição com a tecnologia, de "Meu Malvado Favorito", no Espaço Unibanco Pompeia, no dia 30.
Festival tem animadores premiados
É de praxe do Anima Mundi trazer nomes importantes do cenário da animação. Hoje (28), às 19h, o canadense Cordell Barker participa do Papo Animado e apresenta "Runaway", premiado no ano passado, em Cannes. Logo depois, às 21h, quem conversa com o público é o inglês Daniel Greaves. É dele "Manipulation", que rendeu ao animador o Oscar e o Cartoon d'Or em Cannes, e "Flatworld". Mais informações no site http://www.animamundi.com.br/.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
5ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS TEM INSCRIÇÕES ABERTAS
Uma realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira e patrocínio da Petrobras, a Mostra acontecerá no período de 8 de novembroa 15 de dezembro de 2010.
O circuito de exibição, que em 2009 aconteceu em 16 capitais brasileiras, chega este ano a 20 cidades: Aracaju, Cuiabá, João Pessoa e São Luis, pela primeira vez, receberão a Mostra que se realizará também em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Teresina.
O evento é apoiado pelo Ministério das Relações Exteriores, TV Brasil, Sesc São Paulo e Sociedade Amigos da Cinemateca.Podem participar obras realizadas em países da América do Sul finalizadas a partir de 2007 cujo conteúdo contemple aspectos relacionados aos direitos humanos. Não há restrição quanto à duração, gênero ou suporte de captação/finalização.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3512.6102 ou pelo e-mail contato@cinedireitoshumanos.org.br.As obras mais votadas pelo público serão contempladas com o Prêmio Aquisição TV Brasil nas categorias longa, média e curta-metragem. Em 2009, foram contemplados o longa “Entre a Luz e a Sombra”, de Luciana Burlamaqui (Brasil), o média “Nunca Mais!!! Cochabamba, 11 de Janeiro de 2007” de Roberto Alem (Bolívia), e o curta “Além de Café, Petróleo e Diamantes”,de Marcelo Trotta (Brasil).
A programação da 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul tem curadoria do cineasta e curador Francisco Cesar Filho. Desde 2008, os filmes contemporâneos passaram a ser selecionados não apenas por meio de convite da curadoria, como nas duas primeiras edições do evento, mas também via seleção pública por meio de convocatória.
Em suas quatro primeiras edições, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul exibiu títulos realizados na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, consolidando-se como espaço de reflexão no qual os direitos humanos encontram-se com a expressão cinematográfica. Ao exibir a produção contemporânea sul-americana, o evento promove o encontro de cineastas, militantes e ativistas com o público de diversas regiões do país.
Grandes empresas investem em chances profissionais para ex-presos
A Usiminas decidiu, no ano passado, contratar 16 ex-presos como operadores de tratores, eletricistas e soldadores na mina de Itaúna. "Tivemos um demitido, uma média normal. Queremos contratar mais", diz Helena Pessin, superintendente de desenvolvimento humano da siderúrgica.
Em Minas, a contratação de ex-detentos é alvo do projeto Minas pela Paz, ação das dez maiores indústrias contra a violência. Desde o ano passado, o programa oferece a eles, por meio de parcerias, formação escolar e profissionalizante, além de estimular a criação de vagas. Um programa do governo mineiro cadastra os egressos interessados em trabalhar.
Em um ano, foram preparados 800 egressos e, destes, 300 foram contratados. Boa parte foi para os canteiros da construtora Masb, além da Usiminas. A Fiat também deve contratar em breve.
Ex-eletricitário, o carioca Fábio Lima fez uma única incursão no crime, que lhe rendeu um tiro e três anos de pena. Em 2007, saiu da cadeia e foi selecionado para o curso da Petrobras.
Durante dois anos, aprendeu a escolher fornecedores, controlar o caixa e cuidar da documentação e dos impostos. Enquanto isso, criou a Art Choco, que fornece doces para bufês de eventos. Trabalha com a mulher e emprega dois funcionários. "Antes a gente gastava e não via retorno. Agora, temos receita mensal de R$ 5.000 e lucro de R$ 2.000. Nem penso no que passou", diz Lima.
ESCASSEZ
O Ministério da Justiça não tem dados sobre egressos no país, mas, em Minas, calcula-se que 6.000 pessoas deixem a prisão por ano -apenas 2.000 buscam o cadastro do governo para emprego.
"Isso mostra a distância do que ainda precisa ser feito", diz Enéas Melo, coordenador do Minas pela Paz. Segundo Melo, 80% dos egressos voltam para o crime. "Quem tem oportunidade não tem recaída." Para ele, o preconceito das empresas ainda é forte --e injustificado.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Canadá dá a gaúcho prêmio por inovação
Justamente por vencer a barreira que descreve, o gaúcho Leonardo Simon, da Universidade de Waterloo, apareceu na lista anual dos 40 canadenses com menos de 40 anos que fizeram algo relevante pelo país, elaborada pelo mais importante jornal de lá, o "Globe and Mail".
O COMEÇO
Por enquanto, o novo plástico é utilizado apenas em algumas peças do Ford Flex, um utilitário grande o suficiente para causar alguma culpa ambiental no proprietário. Simon acredita que seja só o começo. "O importante é que se tornou comercial. Continuamos trabalhando."
O "Globe and Mail" apresentou Simon com um texto empolgado, dizendo que ele está "revolucionando a composição dos plásticos". Já foram premiados o prefeito de Vancouver, vários empresários de sucesso e, nesta edição, até o diretor da Escola Nacional de Ballet do país.
Ele afirma que não está ficando rico. "Tenho salário de professor, vida confortável", diz. Aos 38 anos, não pretende voltar ao Brasil tão cedo.
Adaptou-se ao Canadá, onde vive há dez anos com a mulher, também brasileira e cientista. Há três anos tiveram um filho, que Simon leva para jogar futebol em um parquinho o qual, no inverno, é usado para patinação.
Ele não acha que o Brasil deveria lamentar sua ausência. "Agora o país tem alguém aqui para colaborar com suas universidades. Alguém que conversa em português e come churrasco, para quem a questão cultural não é uma barreira." Sem isso, o intercâmbio de projetos ficaria comprometido, diz.
Teste de Audiência da Caixa apresenta nesta terça edição surpresa
Nesta terça-feira, a partir das 20h, a Caixa Cultural Brasília realiza mais uma sessão surpresa do Teste de Audiência. Na quarta temporada do projeto, o público já assistiu ao longa-metragem Trampolim do Forte (João Rodrigo Mattos) e aos médias-metragens Ratão, de Santiago Dellape, e Retrato de Família, de Marcelo Munhoz. Como de costume em outras edições, os cinéfilos só conhecerão o filme e o convidado da noite momentos antes da exibição.
A sessão surpresa começou a fazer parte do Teste de Audiência na temporada passada, quando os nomes dos filmes e dos diretores passaram a ser divulgados apenas no momento da exibição. Outra novidade foi a introdução dos Grupos Focais, em que os espectadores têm a oportunidade de participar de um debate fechado, mais aprofundado, sobre o filme. Os interessados em participar desta discussão devem enviar e-mail para grupofocal@testedeaudiencia.com.br e informar os seguintes dados: nome completo, sexo, idade, escolaridade, profissão, região da cidade onde reside, telefone residencial, telefone comercial, telefone celular e confirmação do endereço de e-mail.
As atividades começam com uma breve instrução sobre o funcionamento do Teste e logo após é anunciado o título do filme e seu diretor. Em seguida, inicia-se a projeção, momento em que os pesquisadores analisam as reações do público e preparam os questionários, que serão distribuídos assim que o filme terminar.
Dessa forma, os espectadores preencherão o questionário sob o impacto da primeira reação ao filme que acabaram de assistir. A etapa seguinte é o debate com o realizador. É o momento em que o cineasta tem a oportunidade de ouvir dos participantes manifestações diretas e espontâneas acerca do filme. O Teste de audiência é realizado no Teatro da Caixa Cultural com entrada franca, limitada à lotação máxima do teatro, que é de 409 lugares.
Novas próteses de articulações devem ter vida útil maior
Desde os anos 60, pacientes com desgaste nas articulações, em consequência de uma artrose, por exemplo, recebem próteses feitas de material plástico na sua maior parte, que desgasta.
A qualidade evoluiu, mas os pacientes não escaparam das revisões a cada 15 anos, em média. Ou seja, mais cirurgias e inconvenientes.
Com o aumento da expectativa de vida, as próteses de cerâmica que apareceram na década de 90 e as de metal -melhoradas em relação a décadas anteriores- são a esperança para adiar ou até eliminar as revisões.
Em testes de laboratório, o metal e a cerâmica mostraram menor desgaste em relação ao plástico, segundo o ortopedista Geraldo Motta, diretor-geral do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), órgão do Ministério da Saúde.
Na sede do instituto, no Rio, esses novos materiais já são usados em 30% das 1.200 cirurgias anuais.Porém, Motta afirma que "são necessários mais anos de observação para se comprovar as vantagens e a durabilidade em humanos."
Na opinião do ortopedista Ricardo Affonso Ferreira, do Instituto Affonso Ferreira, de Campinas, as próteses de última geração são mais vantajosas para pacientes mais jovens, em razão da intensa atividade física -o que desgasta a prótese- e porque têm muitos anos pela frente.
Já para idosos com mais de 65 anos a recomendação ainda é a prótese tradicional, que tem histórico conhecido.
O risco de acidentes com os materiais é considerado raro pela classe médica até agora. Em alguns poucos casos, é possível a cerâmica quebrar e o metal soltar partículas -o que também ocorre com o plástico.
A indústria cogita os novos materiais para outras articulações. O preço ainda é empecilho -um quadril de cerâmica custa mais de R$ 20 mil.
ETERNA
A aposentada Minde Hisgail, 74, é uma das que gostariam de eliminar as revisões.
A moradora dos Jardins usa articulação artificial de metal e plástico no quadril desde 1995 e, ao trocar peças em 2009, herdou uma infecção no corte que a deixou mais dias no hospital.
Depois, a prótese se deslocou enquanto Minde se vestia e precisou ser reajustada."Queria que a prótese fosse eterna", diz ela.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
A maior estrela do Universo
Campeã mundial juvenil começou no atletismo por curiosidade e com improviso
Essa combinação levou a menina Geisa Arcanjo para o atletismo aos 13 anos. Nesta terça-feira, cinco anos depois de fazer seus primeiros lançamentos, a atleta de São Roque [cidade a 60km da capital paulista] ganhou a medalha de ouro no Mundial Juvenil de atletismo, em Moncton, no Canadá, e quebrou um jejum de 16 anos em que o Brasil não subia no lugar mais alto do pódio na principal competição sub-19 do planeta.
Os primeiros passos, saltos e lançamentos foram improvisados. Ainda hoje, os treinamentos dos companheiros de Geisa são feitos com bambu no salto com vara ou um circulo desenhado com o pé para demarcar a área de arremesso no campinho de futebol de areia. O esforço foi recompensado.
Depois de um ano treinando, ela foi convidada para fazer heptatlo. "Mas não deixei. Com 15 anos, ela começou a mostrar potencial. E gostava muito de treinar. Foi quando eu comecei a projetar que ela podia estar na Olimpíada de 2012, 2016", conta, com ar profético, Luciano da Silva.
Geisa passou a treinar no Projeto Futuro, bancada pelo Governo do Estado, na capital paulista. Neste ano, a convite da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), foi para Uberlândia (MG), treinar com um técnico cubano. Mas, segundo sua mãe, deve voltar para São Paulo após a conquista internacional.
"Ela vai retomar a faculdade em agosto. Trancou para morar em Uberlândia, mas quer voltar, terminar a faculdade de Direito [na FMU] para lutar e ajudar os atletas", conta a mãe, Mara.
Segundo familiares, a disciplina da Geisa é tão grande no atletismo quanto fora dele. A "grandona" é boa filha, boa sobrinha, boa irmã, boa aluna, boa atleta. "Ela nunca me deu trabalho. É 'molecona', desde cedo praticou esportes, gostava de andar de bicicleta, pular, fez ginástica, caratê, natação. Mas nunca deu trabalho", lembra a mãe.
A mesma opinião do irmão Jones, 22, que destaca outra característica da irmã caçula.
"Ela foi para o atletismo por curiosidade. Mas ela é muito dedicada, por isso ficou forte assim (risos). Meu pai tem estatura baixa, nós, não. E ela tem o braço maior, mais forte e é mais alta do que eu. E olha que trabalho em indústria [é operador de produção da Companhia Brasileira de Alumínio]. Só sei que depois que ela começou no atletismo a gente nunca mais brigou", brinca Jones.
Essa força fez Geisa arremessar o peso a 17m02 no Mundial Juvenil, o que garantiu a medalha de ouro. No ano, ela já lançou a 17m11 [a segunda melhor marca do mundo entre as juvenis e a melhor entre as brasileiras, inclusive adultas].
O recorde mundial é de 22m63, conquistado em 1962 pela soviética Natalya Lisovskaya. Já a melhor marca sul-americana é da brasielria Elisângela Adriano, com 19m30 em 2001. Resultados tão distantes do de Geisa quanto a data em que foram alcançados.
Como fez seu primeiro técnico no atletismo, o melhor a fazer com Geisa é acreditar em seu futuro, seja para Londres-2012 ou Rio-2016. Hoje, em São Roque, foi dia de festa e orgulho.
Microcrédito e "banqueiro dos pobres" serão tema de "Os Simpsons"
Yunus, prêmio Nobel da Paz em 2006, gravou sua voz para o episódio, que será transmitido no próximo dia 3 de outubro nos Estados Unidos, segundo um comunicado do Centro Yunus divulgado nesta segunda-feira pelo jornal bengalês "The Daily Star".
"Os Simpsons" se caracterizam por incorporar personagens famosos nos episódios da família de Springfield, tanto para lhes fazer homenagens como para fazer críticas.
O economista bengalês defende um modelo econômico no qual existam empresas sociais que não busquem o lucro próprio, mas se concentrem em "resolver problemas" para "mudar o mundo".
O gorila invisível
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Mulher vai evoluir para ter filhos em idade avançada
Isso significa que a duração média da fecundidade vai crescer quando os genes forem passados aos filhos.
O estudo da Universidade de Sheffield mostra que antes as mulheres se casavam cedo e, se ficassem viúvas, eram velhas demais para casar novamente, favorecendo o parto precoce.
Mas a relutância de hoje para se estabelecer e engravidar mais tarde podem favorecer a fertilidade em mulheres mais velhas.
Os pesquisadores estudaram os padrões do matrimônio para rastrear a sobrevivência e histórias de casamento de 1.591 mulheres, em registros finlandeses dos séculos 18 e 19, uma época em que quase todos se casavam e o divórcio era proibido.
Eles descobriram que as mulheres com idade entre 30 e 35 anos foram as que mais se casavam. Aquelas que se uniram a maridos ricos casaram em uma idade mais jovem, mas com homens relativamente mais velhos, ou seja, o tamanho das famílias eram maiores, mas com maior risco de viuvez.
Os investigadores dizem que esta possibilidade elevada de viuvez, juntamente com poucas perspectivas de casamento para viúvas com filhos mais velhos, limitava a porcentagem de mulheres na população com oportunidade de reproduzir em idades mais avançadas.
Duncan Gillespie, do Departamento da Universidade de Ciência Animal e Vegetal, disse que na sociedade de hoje, entretanto, as mulheres não iniciam a gravidez até uma idade mais avançada, porque muitas vezes, o casamento é adiado.
De acordo com ele, "como resultado, a seleção natural que mantinha as jovens em idade fértil pode enfraquecer e a força relativa da seleção natural da fecundidade em uma idade avançada poderia aumentar, levando a melhorias da fertilidade nesta fase ao longo de muitas gerações".
Livro publicado pelo Sebrae ensina como viabilizar a carreira de uma banda
É possível planejar o jardim de forma sustentável e garantindo equilíbrio térmico
Juizados especiais nos aeroportos começam a funcionar nesta sexta
Em Brasília, o posto do aeroporto internacional Juscelino Kubitschek estará aberto a partir das 14h. A atuação dos juizados será temporária, mas o CNJ não determinou prazo para o fim do projeto. O conselho não descarta também estender a medida para outros aeroportos.
Em todos os locais, os juizados vão funcionar em salas que foram cedidas pela Infraero. Os servidores que vão atuar no recebimento das reclamações serão cedidos pelas justiças estaduais.
Por determinação do CNJ, cada companhia aérea terá de indicar um servidor, com autonomia para resolver os possíveis problemas, para trabalhar nos juizados. Um juiz ou um conciliador estarão presentes durante todo o período de funcionamento do posto. Quem tiver problemas com as companhias aéreas não vai precisar de um advogado no momento que for registrar a ocorrência.
Com a instalação dos juizados, os passageiros ganham uma instância mais rápida para tentar resolver os problemas, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça. Em caso de problemas com extravio de uma mala, por exemplo, o passageiro poderá prestar a queixa e tentar um acordo com a empresa. Caso o problema não seja resolvido, a queixa se transforma em uma ação judicial, que será registrada no próprio posto do aeroporto.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Após escapar da morte graças a transfusões, Cilma se casou no Hemocentro
ONU aposta na produção de mamona como biocombustível
Em um relatório publicado nesta quinta-feira (22), a Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) analisam a utilidade da mamona, à qual definem como um "cultivo promissor".
Para estas organizações, a Jatropha curcas cresce "razoavelmente bem em zonas áridas e em solos degradados de utilidade marginal para a agricultura" e "pode ser transformada em um biodiesel menos contaminante do que o de origem fóssil a fim de oferecer às famílias rurais pobres um combustível para produzir luz e cozinhar".
"Ao contrário de outros biocombustíveis importantes, como o milho, a mamona da América não é utilizada como alimento e pode ser cultivada em terras degradadas, onde não crescem plantas alimentícias", diz o relatório.
Pequenos
O texto completa: "A produção deste cultivo permitiria obter rendimentos em particular aos pequenos agricultores, aos moinhos de oleaginosas terceirizados e aos membros de plantações comunitárias ou aos trabalhadores das plantações privadas que o produzem".
Há uma ressalva, no entanto. A maior parte da mamona cultivada na América hoje é tóxica, um risco à saúde humana e impede o uso das sementes como alimento ao gado.
Em 2008, foi semeado na América 900 mil hectares no mundo todo, dos quais 760 mil na Ásia, 120 mil na África e 20 mil na América Latina, e estima-se que para 2015 haverá cultivos de mamona da América em 12,8 milhões de hectares.
Aprevisão é que o maior país produtor da Ásia será a Indonésia; na África, os principais produtores serão Gana e Madagascar, e Brasil será o líder na América Latina.
Extrato de guaraná reduz fadiga gerada por quimioterapia
A conclusão é de um estudo inédito feito por pesquisadores do Hospital Albert Einstein e da Faculdade de Medicina do ABC.
O trabalho foi controlado e envolveu 75 pacientes, divididas em dois grupos: um recebeu 50 mg de extrato seco de guaraná (Paullinia cupana) duas vezes ao dia, e o outro, placebo.
As mulheres foram acompanhadas durante 21 dias. Elas responderam a três questionários que avaliaram seu grau de fadiga.
Ao final, 66% das pacientes do primeiro grupo relataram melhora, contra 13% do grupo controle. No início, o grupo que usou guaraná se queixou mais de insônia, mas o sintoma melhorou nas semanas seguintes.
Segundo Auro del Giglio, oncologista do Einstein e professor da Faculdade de Medicina do ABC, hoje não existe uma terapia padrão para tratar a fadiga em pacientes com câncer.
Recentemente, alguns trabalhos avaliaram o uso de metilfenidato (Ritalina) -remédio usado no tratamento do transtorno de deficit de atenção e hiperatividade- nesses casos, mas não houve resultados positivos.
"O guaraná é efetivo, barato e não é tóxico", diz o oncologista, que pretende testar o extrato da planta para sintomas de outros tipos de tratamento de câncer.
O estudo foi baseado em dissertação de mestrado que será defendida em agosto, feita por Maira de Oliveira Campos, aluna de Giglio.
O próximo trabalho avaliará pacientes com câncer renal que estejam recebendo inibidores da tirosino-quinase, medicações que sabidamente causam fadiga.
Apesar dos bons efeitos do guaraná, a planta ainda não está sendo usada de forma rotineira no Einstein porque os pesquisadores planejam realizar mais dois estudos que confirmem os resultados positivos do primeiro.
METODOLOGIA
Segundo a nutróloga Roseli Sarni, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), do ponto de vista metodológico, a avaliação da fadiga por meio de questionários é limitada porque não há uma validação do método para a realidade brasileira.
Uma das alternativas, diz ela, seria investigar se houve ganho de força por meio de medidas objetivas, usando, por exemplo, um pedômetro, aparelho que conta os passos e a força da pisada.
Além da fadiga, 50% dos pacientes com câncer também sofrem de depressão. O problema piora a qualidade de vida e o prognóstico da doença -porque a adesão ao tratamento cai. O estudo, porém, excluiu mulheres com quadro depressivo.
MISTURAS
Uma das hipóteses que explicariam o efeito estimulante do guaraná é a presença de 2,5% a 5% de cafeína. As propriedades psicoativas viriam de substâncias (saponinas e taninas) que atuam sobre o sistema nervoso central.
O nutrólogo Edson Credidio, doutor em ciência dos alimentos pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), costuma receitar o guaraná para pacientes com fadiga -provocada ou não por tratamentos oncológicos-, mas faz um alerta sobre a qualidade do produto.
"É comum misturarem pó de madeira ao pó do guaraná. Aí não tem efeito", diz.
Para evitar que o produto cause uma hiperestimulação- e efeitos colaterais como a insônia- ele recomenda aos pacientes que usem apenas 50 mg de guaraná logo após o café da manhã.
Anfíbio longevo fornece pistas sobre como viver mais
O proteus (Proteus anguinus) vive em cavernas no sul da Europa, especialmente na Eslovênia e Croácia, pesa 20 gramas e é um dos poucos anfíbios que vive inteiramente em ambiente aquático.
Como muitos animais que vivem em cavernas, adaptou-se à pouca luminosidade, perdendo olhos e pigmentação da pele.
Pensava-se que essas características do animal eram o resultado de um desenvolvimento abortado pelo difícil ambiente das cavernas. No século 17, acreditava-se que o animal era filhote de dragão.
Mas Yann Voituron,da Universidade de Lyon, na France, está interessado no proteus por outro motivo: sua grande expectativa de vida. Em zoológicos, o animal vive 70 anos. Ele acredita que esses anfíbios podem viver até 102 anos.
Voituron e sua equipe chegaram a esse número, que é três vezes maior que espécies de anfíbios de parentesco próximo, usando uma fórmula que estima a expectativa de vida média de animais adultos em cativeiro relativa a sua massa. "Mesmo os espécimes mais velhos podem se reproduzir", diz.
Mas como o proteus consegue viver tanto? Para começar, ele vive em um ambiente frio, o que reduz sua taxa metabólica. Quanto menor a taxa metabólica, menor a produção de radicais livres, que danificam o DNA. Isso ocorre porque os radicais livres são um resíduo indesejado da manufatura da molécula adenosina trifosfato (ATP), a carregadora de energia do corpo, produzida nas mitocôndrias das células.
Além de atacar DNA, radicais livres também produzem espécies reativas de oxigênio (ROS), que atacam tecidos. Portanto, menos ROS pode significar menos envelhecimento.
Mas, de acordo com Voituron, a longevidade dos proteus não pode ser explicada totalmente pela baixa taxa metabólica e pelos seus eficientes mecanismos antioxidantes, pois seu metabolismo e atividade antioxidante não são muito diferentes dos de outros anfíbios que vivem muito menos. Então qual é o segredo?
Voituron sugere que o proteus possui uma maneira de gerar energia que produz menos radicais livres do que outros animais. Ele e sua equipe completaram experimentos, ainda não publicados, que "sugerem um funcionamento peculiar das mitocôndrias nesta espécie".
"Se o proteus consegue produzir ATP sem muito ROS, isso explicaria sua longevidade."
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Aliar sofisticação em decoração à sustentabilidade é tema de mostra de arquitetura
A bela história de Wanderley
Uma Copa do Mundo pela paz
Do outro lado, já estão posicionadas outras crianças, com camisas vermelhas e shorts azuis, cores da seleção chilena. Todos fazem os últimos movimentos de aquecimento, só aguardando o apito inicial. Duas equipes que estão prontas para a batalha no campo: trata-se da qualificação para as quartas-de-final da competição.
Nestas oitavas-de-final se enfrentaram o Brasil, vindo da região de Pont-Rouge, e o Chile, de La Saline. A partida faz parte do campeonato "Petit Mondial” (Pequeno Mundial), uma espécie da reprodução da Copa do Mundo da Fifa, na África do Sul. O torneio reuniu 32 equipes de localidades pobres da região do Grande Bel Air e das redondezas, que representam as 32 seleções que disputaram o mundial de futebol.
No mesmo Parque Jean-Marie Vincent, a mini-seleção da Itália, vinda da região de Saint-Martin, encara o Japão de Bel Air. Em outro campo, a Eslováquia de Delmas 2 pega a seleção de Camarões, da rua de Césars, outro sub-bairro de Bel Air. Assim como na Copa do Mundo, algumas equipes vão sendo eliminadas ao longo do torneio. Mas aquelas que continuam vivas na África do Sul são, em sua maioria, diferentes das que participam da mini-Copa.
Cada time tem 15 jogadores entre 11 e 13 anos, formando um total de 480 atletas. O Viva Rio disponibilizou um médico da organização para fazer uma avaliação da saúde das crianças e o acompanhamento médico dos jogadores, que recebem ainda um lanche antes das partidas e, após o jogo, um prato de comida.
Além disso, utilizando a verba recebida pelas equipes de futebol, cada localidade decorou suas ruas e casas com as cores do país que está representando na mini-Copa. Após a competição, o lugar com a ornamentação mais bonita – e que tenha mantido a rua limpa durante o período da competição – será premiado com a quantia de US$ 500 e receberá uma grande festa com atrações culturais e musicais.
Como se defendessem de fato o país de seu uniforme, as equipes dão duro e mostram seu comprometimento. Os técnicos das minisseleções do Chile, François Dominique, e do Brasil, Reginald Auguste, são exemplo disso: eles estão a todo momento gritando e orientando seus pupilos para que marquem, ataquem e defendam.
Mas toda esta motivação está relacionada também às recompensas que aguardam as três equipes mais bem colocadas no campeonato. Além dos troféus e medalhas, os 45 jogadores que formam estas três seleções ganham, cada um, uma bolsa de estudo no valor de US$ 130. Os jogadores que demonstrarem verdadeiro talento para o esporte serão apoiados pelo Viva Rio e integrarão o programa "Em busca de talentos esportivos", que já treina 45 outros atletas de destaque em sua escolinha de futebol.
Estas atividades têm o objetivo de consolidar laços sociais e buscar o desenvolvimento de uma cultura de paz na comunidade da Grande Bel Air. É importante desenvolver o espírito de cooperação e de troca entre as pessoas de diferentes localidades da região, de incutir nos jovens o senso de ética esportiva, de estimulá-los a trabalhar duro para aprimorar seus talentos, em vez de recorrer à vida fácil e se envolver em maus caminhos.
A implantação do projeto é assegurada pelo Viva Rio - presente no Haiti desde 2007 e que concentra suas atividades na zona de Bel Air e vizinhanças e trabalha com crianças em situação de risco social - e tem o apoio da organização haitiana Renaissance Film. Outro parceiro que também contribuiu para a realização do torneio foi o Fórum Comunitário de Bel Air, que se comprometeu com o planejamento das atividades e com a seleção dos jovens participantes.