Uma nova técnica que utiliza jato d'água em alta velocidade começa a ser usada no Brasil para tratar hérnia de disco contida.
Nesse tipo de hérnia, o núcleo do disco intervertebral está inchado e comprime os nervos da coluna, causando inflamação e dor, mas não há rompimento da membrana.
Para descomprimir os nervos, uma agulha de 2 mm de diâmetro perfura a pele do paciente e chega à inflamação. A água entra no disco a 960 km/h e fragmenta seu núcleo. Em seguida, parte do conteúdo é aspirado, o disco murcha e a pressão sobre os nervos é reduzida.
O procedimento, desenvolvido nos EUA, será apresentado nesta semana no Congresso de Cirurgia e Técnicas Minimamente Invasivas da Coluna Vertebral, que ocorre em São Paulo.
Estudos no exterior já mostraram que a técnica apresenta resultados semelhantes aos da cirurgia tradicional (chamado de microdiscectomia), que precisa de um corte de cerca de 3 cm para tratar a hérnia.
Por aqui, pesquisadores do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo realizam uma pesquisa para comparar o procedimento convencional com a técnica à base de água, conhecida como hidrodiscectomia.
Será avaliada a recuperação de 40 pacientes -metade será submetida à operação com água. Resultados preliminares de 16 pacientes mostram que a recuperação do doente (redução de dor e retorno às atividades do dia a dia) são semelhantes.
"Já com relação à cirurgia, como sangramento e tempo de internação, a hidrodiscectomia é melhor", diz o ortopedista Raphael Martus Marcon, do instituto do HC.
Com o jato d'água, o paciente recebe anestesia local e recebe alta no mesmo dia. A técnica convencional exige anestesia geral e ao menos um dia de internação.
CUSTO ALTO
No entanto, a nova técnica esbarra no alto preço do instrumento, patenteado por uma empresa norte-americana.
A agulha é descartável e custa cerca de R$ 18 mil.
"Mas a redução de gastos paralelos com internação, por exemplo, pode tornar a técnica vantajosa quando se popularizar", pondera o ortopedista Wilson Dratcu, do Hospital Abreu Sodré.
Os custos de material para uma fusão das vértebras -outra opção para tratar esse e outros tipos de hérnia- podem chegar a R$ 30 mil, compara Dratcu.
"A técnica não é acessível à maioria. Algumas operadoras de seguro ainda não a autorizam, como ocorre com toda nova tecnologia", diz o ortopedista Pil Sun Choi, presidente do congresso.
Além do HC de São Paulo, o Hospital Abreu Sodré, vinculado à AACD, oferece o procedimento e tem bons resultados preliminares.
As cirurgias são indicadas para quem não responde aos tratamentos como fisioterapia, acupuntura e remédios, o que equivale de 5% a 8% dos que têm hérnia de disco
JULLIANE SILVEIRA
DE SÃO PAULO para a Folha.com.br
Coisas legais acontecem o tempo todo em nosso mundo. Por que cultivar assuntos tristes, pessimistas e violentos, se há tanta coisa interessante ao nosso redor? Por que não ter acesso a informações legais, iniciativas bacanas, notícias que mostram ações construtivas?
Este espaço busca reverter o "efeito noticiário" (aquela depressão que dá ao final de um telejornal, após lermos as manchetes na internet, ou após lermos um jornal qualquer). Aqui podem ser encontrados assuntos diversos que versam sobre temas alegres, construtivos, leves, bons e divertidos.
Você tem alguma coisa legal para compartilhar? É só enviar o conteúdo para omundoelegal@gmail.com. Todos estão convidados a participar e ajudar a reverter o "efeito noticiário".
Você vai ver como o mundo é muito legal!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário