Hora de almoçar, diz o celular. Hora de medir a glicemia, apita de novo. Em resposta, a criança diabética ou quem cuida dela envia o resultado da taxa de açúcar no sangue a uma central.
Se o número estiver muito alto, o médico é avisado e toma providências, como mudar recomendações sobre a alimentação da criança.
A tecnologia para tornar esse cuidado remoto uma realidade está sendo desenvolvida pela ONG Pró-Crianças e Jovens Diabéticos, que dá apoio a crianças pobres com diabetes tipo 1 em São Paulo e Minas Gerais.
O projeto, chamado Zelous, é patrocinado por uma empresa de telefonia celular e tem a colaboração de profissionais da área médica e de tecnologia da Unicamp.
O sistema de medicina à distância envolve também a criação de prontuários virtuais com todos os dados do paciente e de sua família, acessáveis gratuitamente pelos médicos na internet. O programa de computador que compila os dados é de domínio público.
Claudia Filatro, 45, presidente da ONG e mãe de um menino de 11 anos diabético desde os três, diz que a maioria dos doentes não tem a doença sob controle, ainda mais no caso das crianças atendidas pela entidade, cujas famílias não têm dinheiro para comprar os alimentos dietéticos.
"Com esse sistema, vamos aproximar a criança do médico", diz Filatro. Os primeiros testes devem começar no ano que vem, com crianças atendidas pela ONG.
De acordo com o endocrinologista Walter Minicucci, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, que assessora o programa como voluntário, o ideal seria que a rede pública adotasse o sistema. "Isso não é fácil, mas o desenho do projeto está caminhando bem", afirma.
Além dos cuidados remotos, a ONG está preparando aulas em vídeo para serem transmitidas pela internet para crianças e pais sobre como lidar com a doença, como com as injeções de insulina.
Nos Estados Unidos, um projeto semelhante, mas que engloba adultos diabéticos, está sendo testado em um hospital de Washington.
DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE
Folha.com.br
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