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quarta-feira, 26 de maio de 2010
Redes sociais para grupos específicos espalham-se pela internet
A internet possui infinidades de recursos legais para serem usados. É muito legal a possibilidade de pessoas que possuem os mesmos gostos poderem se "encontrar" e trocar idéias.
Que a rede mundial de computadores é diversa, ninguém duvida. Mas agora o cyberespaço começa a ser “loteado” por grupos com interesses específicos — por vezes, até curiosos. São as redes sociais de nicho, que reúnem pessoas em volta de assuntos tão variados quanto a doação de sangue, a divulgação de eventos científicos e a pregação da palavra de Deus. De tão democrática, a internet dá voz até para seres que nunca chegarão perto de um teclado, pelo menos não para digitar: os animais de estimação.
No mundo da web, vale tudo para não ser esquecido. Motivação que levou a relações públicas Laila Sena, 27 anos, a criar com o amigo Lula Ribeiro a rede Veia Social (www.veiasocial.com.br), que agrupa doadores e receptores de sangue. “Eu tive câncer e, durante o tratamento, precisava muito de doações. Sofri na pele o problema. Resolvemos criar o site para centralizar pedidos, dar mais veracidade à mobilização na internet”, conta Laila. A Veia Social, que entrou no ar em março passado, também funciona como um informativo online sobre o funcionamento de hemocentros e procura desfazer mitos acerca da doação de sangue e de medula óssea. “Às vezes, recebemos perguntas simples pelo Twitter, como se é permitido comer antes de doar ou onde fica o local de coleta mais perto da casa da pessoa”, conta a relações públicas.
Com um propósito bastante diferente, a rede social Beautiful People (www.beautifulpeople.com) é, como o nome já diz, o espaço virtual exclusivo para pessoas bonitas. Criada em 2002, na Dinamarca, ela chegou ao Brasil em outubro do ano passado e já conta com 32 mil usuários e 220 mil “aplicações”. Sim, porque não basta se achar bonito, é preciso que os membros da rede o achem também. Ao cadastrar seu perfil na Beautiful People, ele fica disponível durante 48 horas para que os outros membros aceitem ou não. Homens votam em mulheres e vice-versa. “A rede é fruto de uma necessidade, é uma forma mais fácil de procurar pessoas com boa posição social e aparência física. Por conta dessa seletividade, ela oferece perspectivas de relacionamentos mais satisfatórios”, defende Christian Nyyssönen, diretor da Beautiful People no Brasil e na Itália.
A professora Raquel Recuero, da Universidade Católica de Pelotas, explica que o uso das redes sociais cresceu na medida em que as pessoas perceberam o potencial dessas ferramentas. “A questão do nicho é muito forte, especialmente se o criador do site acertar o interesse de um determinado grupo. Algumas pessoas constroem uma rede bem pública, para outras, o desejo é criar uma rede mais privada. Do mesmo modo, há espaços voltados para o conhecimento, em outros, o interesse é apenas social”, observa a pesquisadora.
Autora do livro Redes sociais na internet (Cubocc), Raquel acredita que, ao agrupar pessoas, a web se tornou um espaço de ação coletiva. Laila Sena concorda, mas lembra que a mobilização virtual nem sempre reflete-se no mundo real. “Infelizmente, quando partimos para encontros ‘offlines’ nos hemocentros, a adesão é baixa. É a chamada revolução do sofá: na internet, muita gente que se mobiliza facilmente, repassa a mensagem, ajuda na convocação, mas sair do sofá em um sábado e doar sangue é muito difícil”, lamenta.
Acadêmicos unidos
A febre das redes sociais conquistou até mesmo um público por vezes conservador, mas interessado em trocar informações. Desenvolvida por um cientista da computação capixaba, a Follow Science (www.followscience.com) reúne conteúdos de interesse de professores e pesquisadores. A rede tem espaço para divulgação de eventos, criação de grupos em áreas específicas do conhecimento, biblioteca de monografias, dissertações e teses, notícias e blog. “Durante o meu mestrado (na Universidade Federal de Pernambuco), eu percebi a ausência de uma ferramenta que funcionasse de forma colaborativa, exclusiva para o pessoal da pós-graduação. A gente ficava muito limitado a pesquisas no Google para descobrir o que estava acontecendo”, conta Cleyverson Costa, 25 anos, idealizador e administrador da rede, que tem 30 mil usuários cadastrados.
Outra iniciativa “nerd” é a rede Skoob (www.skoob.com.br), voltada para amantes de literatura. Funciona assim: ao criar o perfil, o usuário descreve que livros já leu, planeja ler ou quer emprestar/doar, como se fosse uma estante virtual. O sistema cruza informações e aponta amigos que têm afinidade literária. Também é possível fazer resenhas de obras e disponibilizá-las na rede. A Skoob entrou no ar em 30 de dezembro de 2008, com 300 usuários cadastrados, convidados pelo criador da ideia, o analista de internet Lindenberg Moreira, 33 anos. Três dias depois, a rede já tinha 2 mil perfis cadastrados. Hoje são cerca de 165 mil.
Lindenberg afirma que a proposta é ampliar os serviços da página, inclusive auxiliando os usuários no cumprimento de metas de leitura. Outra possibilidade é trabalhar com indicações de livros por amigos na rede. “Nós temos até professores que usam a Skoob com seus alunos. Eles pedem que os estudantes se cadastrem na página e postem resenhas de livros na rede. A correção é feita online”, diz Lindenberg. O site atualmente se sustenta com anúncios e parcerias com editoras.
Ainda mais específica é a rede Orcristo (www.orcristo.ning.com), voltada para evangélicos. Com o slogan O seu santo espaço na internet, o site tem regras bastante claras: na hora do cadastro, a pessoa precisa informar em que igreja congrega. Também deve respeitar normas como não postar conteúdos ofensivos e fotos sem camisa ou em trajes de banho. “É um ambiente familiar, não toleramos apelidos jocosos ou ataques pessoais”, avisa o criador da página, o escritor Lucas Pimentel, 41 anos. A rede tem cerca de 3,8 mil usuários, grupos organizados por igrejas, versículo do dia e fóruns com temas polêmicos, como aborto e pedofilia. Diverso como toda a internet.
Carolina Vicentin
Correiobraziliense.com.br
Publicação: 26/05/2010 09:40
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